quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ÁRVORES DO SENHOR


"Jequitiba-rosa no Parque estadual do Vassununga, Santa Rita do Passa quatro, SP. Esta arvore pode ser considerada um dos maiores e mais antigos seres vivos do mundo, com idade estimada em 3.050 anos. Por ironia, neste terreno, um dos mais férteis do planeta, planta-se cana de açúcar, e esta árvore apenas não foi cortada antes de ser criado o parque, por ter sido muito difícil arranjar um instrumento para conseguir derrubá-la"



ÁRVORES DO SENHOR

Texto: Isaías 61:1-3

O Espírito Santo de Deus habita em nós. Através de sua unção especial, somos vitoriosos, enfim, somos árvores plantadas pelo Senhor, para a sua glória. Mas para vivermos este grande mover de vitórias e de conquitas, é preciso que estejamos conscientes de quem somos em Deus. Ou seja, tudo depende de como nos enxergarmos. Como dito anteriormente, Deus nos vê como árvores, verdadeiros carvalhos de justiça.

Vejamos, a seguir, como o Senhor nos vê, fazendo um parâmetro em relação à natureza das árvores:

1. ÁRVORES SÃO FORTES E RESISTEM AO TEMPO -Existem árvores que resistem à verdadeiros e terríveis vendavais. E algumas, por sua vez, ultrapassam anos e épocas. Da mesma forma, precisamos entender que como árvores plantadas pelo Senhor somos fortes, inabaláveis. II Cor. 12:10 - E ainda que nos sintamos fracos, somos fortes pois o Senhor nos sustenta com a sua destra fiel.

2. ÁRVORES CONSEGUEM PRODUZIR SEU PRÓPRIO ALIMENTO - Dificilmente vemos alguém regando uma árvore. Elas são expostas ao tempo e conseguem produzir o seu próprio alimento através de suas raízes e do processo de fotossíntese. Da mesma maneira, nós nos alimentamos do Senhor, através de nossa relação de intimidade com Ele. Não depedemos dos outros para nos manter de pé, a nossa dependência vem do Senhor - Salmo 77:01 - Hoje, o véu foi rasgado e temos livre acesso a Deus. Não podemos ser do tipo de pessoas que vivem na dependência de que outros outros nos tragam alimento, ou seja, pessoas que vivem a pedir que orem por sua vida e sem conseguir manter uma relação de intimidade com Deus.

3. AS ÁRVORES SÃO VALOROSAS - As árvores são essenciais para a humanidade. Elas são uma das principais fontes de exigênio do planeta. O que seria da terra senão existem as árvores?! Precisamos, neste sentido, que assim como árvores somos especiais para Deus e para aqueles que estão a nossa volta. Muitos querem nos depreciar, nos fazer pensar que não valemos nada e que não servimos para Deus. Todavia, precisamos entender que Deus nos vê de forma especial - Isaías 49:16 - O nosso nome está gravado em suas mãos. Não podemos nutrir sentimentos de baixa-estima ou de inferiodade, achando que somos os piores seres humanos, que não somos ninguém. Nós temos valor!

4. AS ÁRVORES SERVEM DE ABRIGO - As árvores produzem uma sombra aconchegante e são um refrigério contra o calor e o sol forte. Deus nos escolheu para servirmos de abrigo aos aflitos. Em Hebreus 12:12 está escrito: "levantai as mãos cansadas e os joelhos vacilantes". Ou seja, precisamos abrigar, acolher aqueles que precisam de ajuda, de apoio, de uma palavra amiga. Muitos nos procuraram para receber uma Palavra de transformação. Somos uma fonte de abrigo ao aflito. Esta á a nossa missão!

5. AS ÁRVORES SÃO CHEIAS DE VIDA - Quando olhamos para as árvores, desfrutamos de uma beleza sem igual. As suas folhas possuem uma nuance de cores especiais que embeleza o ambiente a sua volta. Semelhantemente, o Senhor nos envolve com a sua alegria e vigor através do Espírito Santo de Deus. E esta alegria ninguém pode roubar de nós - João 16:22. Assim como árvores, há vida em nós pois temos a unção de Deus.

E como árvores do Senhor, precisamos sempre estar próximos às correntes de águas. Nunca podemos nos afastar de Jesus, a Água da Vida. João 7:38 "Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva".

Em Salmos 1:1-3 lemos "Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem. Tudo o que fizer prosperará"

Ou seja, somos as árvores do Senhor e como árvores:

a) Fruticaremos (verso 3) - Teremos frutos, produziremos. Não seremos infrutíferos. Tudo o que fizermos prosperará;

b) As nossas folhas não cairão (verso 3) - Não morreremos, antes viveremos as promessas que Deus tem para as nossas vidas. Não perderemos as nossas forças. Muitos estão mortos espiritualmente, nós, porém, viveremos e estaremos sempre diante do Senhor;

c) Estaremos sempre plantados na Casa do Senhor. Em Salmos 92:12-13 lemos: "O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano; plantados na Casa do Senhor, floresceção nos átrios do nosso Deus". Vemos, assim, que nada nos separará do Senhor. Estamos sempre firmados em sua presença, nos alimentando na Casa de Deus e fazendo a sua obra.

Como árvores, seremos uma grande benção e estenderemos as nossas raízes para a direita e para a esquerda. Ninguém nos removerá de nosso lugar, de nossas promessas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

OS FALSOS JUÍZES



OS FALSOS JUÍZES

Um dia desses estava lendo uma entrevista com o ator Raul Gazola. Aquele ator que foi duramente criticado pela mídia e pela sociedade por ter cuspido no rosto de uma adolescente depois de uma discussão no trânsito. A jovem estava atravessando a rua na frente do Colégio em que estudava. Como usava um fone de ouvido, o ator buzinou para que ficasse atenta ao trânsito e ela fez o gesto obsceno de erguer o dedo. O ator decidiu perguntar por que ela fez aquilo e ouviu a seguinte resposta: “- Porque eu quis!”. O sangue então subiu-lhe à cabeça e num ímpeto de fúria, o ator acabou cuspindo-lhe no rosto. E no dia seguinte do fato ocorrido, todos criticaram a sua atitude, achando um absurdo o que tinha feito. - Como pode um ator fazer uma coisa dessas? Que falta de educação? Que descontrole emocional? Que absurdo?

Em entrevista à VEJA, Raul reconheceu o seu erro, afirmando que se arrepende do que fez. E quando perguntaram se ele tinha pensando no que tinha feito, ele respondeu: - É claro que não! Se tivesse pensando, jamais teria feito o que fiz. Até eu estou chocado com a minha atitude.

Percebemos, assim, que muitos juízes se levantaram para julgar as atitudes do ator. Na verdade, boa parte dos seres humanos sente prazer em julgar o seu próximo, em apontar-lhe as falhas. São os falsos juízes, pois não possuem autenticidade para julgar já que julgam os outros e se esquecem de julgar os seus próprios erros. Jesus conhecia bem este detalhe da personalidade humana “E porque vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho” (Mt. 7:03). Não quero aqui defender ou declarar que aprovo a atitude do ator em questão, nem muito menos sou uma de suas fãs. Simplesmente busco, através de sua experiência, salientar que todos somos passíveis de erros e muitas vezes temos reações que nos surpreendem, especialmente por sermos seres emocionais. Talvez você diga assim: -Ah! Mas ele não é evangélico?! Ocorre, entretanto, que até mesmo pessoas que conhecem ao Senhor são passíveis de erro e de reações inesperadas. E quando erram, lamentavelmente, ao invés de serem exortadas em amor, são, em sua maioria, condenadas, tendo a sua nudez exposta em plena luz do dia. Ou seja, os falsos juízes prontamente se levantam para julgar. Cabe salientar que o fato de conhecermos ao Senhor, não nos torna perfeitos. Estamos, na verdade, buscando a perfeição. Afinal de contas, Jesus não veio para os justos e sim para os pecadores, a fim de transformá-los “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam” (Lucas 5:31,32).

Creio que é momento de refletirmos e pararmos de julgar aqueles que infelizmente erraram, seja qual for o motivo. Creio que devemos olhar para nossas próprias atitudes ao invés de julgamos as pessoas a nossa volta. Como disse o Apóstolo Paulo “nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor” (I Cor. 4:05). Ou seja, não temos o direito de julgar a ninguém. Deixemos de lado o ofício de falsos juízes e a velha mania de querer atirar pedras em nosso próximo. Não nos esqueçamos que enquanto julgamos os outros, esquecemos de julgar os nossos próprios erros.

“Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse- lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra”
(João 8:5-7)

Ioná Loureiro

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O AMOR É VOLÁTIL?!


O AMOR É VOLÁTIL?!


Um dia desses, enquanto esperava para ser atendida em um consultório médico, li um artigo de uma psicanalista famoso que me chamou a atenção. A forma como ele falou do amor em entrevista concedida à revista V (Revista Promocional da Volkswagem), me fez entender como as pessoas em sua maioria vêem o casamento, enfim, o relacionamento a dois. Vejamos o que disse o Doutor em Psicologia clínica, colunista da Folha de São Paulo:

“Na 2ª Guerra Mundial, a idéia dominante era de que o casamento era um contrato que tinha alguns propósitos – reproduzir, ter filhos, educá-los... Mas, cada vez mais nessa história de contrato de casamento, manteve-se a problemática do amor. Quer dizer que você não casa só para ter filhos, construir uma família, ter uma casa, construir um patrimônio ou se defender das adversidades da vida juntos em vez de sozinho; não... vocês casam porque amam.... Quando o amor acaba, não tem mais porque ficar juntos, ainda que haja filhos, patrimônio ou o caramba. E o amor acaba por tantas razões: porque as pessoas se transformam ao longo dos anos, e se transformam de maneiras diferentes; porque elas encontram outras pessoas e se apaixonam. O amor é muito mais do que um contrato para construir juntos uma família. O Amor é volátil!”

Contardo Calligaris

O Dr. Calligaris é enfático ao afirmar o amor é um sentimento volátil, ou seja, algo volúvel, inconstante. Enfim, um sentimento que muda com o tempo. Segundo suas afirmações, as pessoas se transformam, mudam ao longo dos anos e em meio a esta mudança, o amor acaba.

Ocorre, entretanto, que existe uma visão diferente para o amor. Neste sentido, aprendemos com o Senhor que o amor é um sentimento forte, inabalável “...porque o amor é forte como a morte” (Cantares 8:06). Um sentimento que supera as crises, as diferenças e o tempo “Assim serviu Jacó sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareciam como poucos dias, pelo muito que a amava” (Gen. 29:20) Ou seja, por mais que a nossa mente mude e se transforme, o amor prevalece, resiste. Poderemos encontrar e conhecer muitas pessoas, mas o amor que nutrimos por quem amamos e dividimos os nossos sonhos continuará firme. E este amor é muito mais que um contrato, e sim uma aliança firmada com a benção de um Deus que é Amor. Enfim, o Deus que nos ensina a amar e a experimentar este sentimento em toda a sua plenitude.

Não pretendo, com este texto, dizer que sou contra os psicanalistas ou doutores em psicologia. Pretendo apenas levantar a bandeira de um amor verdadeiro. Quero apenas dizer que o casamento é uma benção e que pode ser eterno, basta que seja observado a verdadeira essência do amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (I Cor. 13:07). Amor este que jamais acaba, jamais se esvai com o tempo e com as mudanças.

“O amor jamais acaba...” (I Cor. 13:08)

Ioná Loureiro