quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A IGREJA VIRTUAL


IGREJA VIRTUAL

Os avanços tecnológicos têm facilitado muito a nossa vida. Através da internet, por exemplo, podemos pagar contas e realizar compras sem sair de casa. Ou seja, podemos resolver várias situações através de um simples click. Convém salientar, inclusive, que esta facilidade virtual tem alcançado a igreja. Através da internet, cultos são ministrados e muitas vidas têm sido abençoadas. Irmãos, em localidades distantes, têm tido condições de assistir aos cultos, sendo ministrados pela telinha e por um complexo de aparatos de multimídia. É a igreja chegando em lugares remotos através da rede mundial de computadores. Mas será que a implementação da igreja virtual é realmente bom para todos?


A este respeito, há de se ressaltar que a igreja é, em sua essência, a comunhão daqueles que servem e amam ao Senhor. O Senhor nos diz em sua Palavra que é bom e amável que os irmãos vivam em união (Salmo 133:01). Vemos, inclusive, que a igreja primitiva estabelecia este elo de unidade e cumplicidade “e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (Atos. 2:42-44). Percebemos, deste modo, que a igreja é comunhão e unidade, é um contato real e não virtual, pois é na igreja que partilhamos a fé, estabelecemos uma relação de cumplicidade com aqueles que servem ao Senhor. É bom salientar, neste sentido, que é na igreja que consagramos os nossos dízimos e entregamos as nossas ofertas para suprimento da obra. Por fim, é na igreja que florescemos “Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano. Estão plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus” (Salmo 92:12,13). Notamos, inclusive, que Jesus estava sempre no Templo “... Todos os dias estava eu sentado no templo ensinando e não me prendeste” (Mateus 26:55).


É muito cômodo sentarmos em frente ao computador, assistirmos ao culto sem termos o compromisso de abençoar a obra de Deus e de estarmos em contato com os nossos irmãos, partilhando experiências, sendo aconselhados e exortados pessoalmente, ao vivo e a cores, exercendo até mesmo o nosso chamado. Acredito ainda que é bastante difícil estabelecer um bom nível de concentração estando em casa, oferecendo um culto racional ao Senhor, pois constantemente somos interrompidos, seja por meio de uma ligação telefônica ou por outras situações a nossa volta. Na igreja, no entanto, estamos na Casa de Deus, com a nossa mente centrada no recebimento da Palavra e no louvor a Senhor.


Por este motivo, afirmo que a igreja virtual é uma grande benção para aqueles que estão impossibilitados de ir à igreja por motivos de locomoção física ou por outros impedimentos quaisquer, podendo se tornar algo perigoso para aqueles que podem se deslocar até igreja, mas não o fazem por comodismo. Aos poucos podem ir se acomodando e quando menos perceberem, estarão longe da comunhão dos santos, onde o Senhor ordena a sua benção. Estejamos atentos a isto! A tecnologia, neste contexto, é uma benção para aqueles que fazem bom uso dela.


Ioná Loureiro