terça-feira, 26 de agosto de 2008

TERRA: TERRITÓRIO DE GRANDES CONQUISTAS


Tem muita gente que pensa que a terra é lugar de sofrimento, de pesar, de angústia. Alguns, baseando-se numa visão mística, religiosa e até cristã, insistem em afirmar que viemos a este mundo para sofrer. Alguns dizem, inclusive, que felicidade, vitória, só mesmo lá na glória celestial. Será realmente verdade? Será que realmente estamos fadados ao sofrimento nesta terra maravilhosa que Deus nos deu?
Primeiramente, quero refletir sobre algo que Deus disse com bastante veemência: “Sede benditos do Senhor, que fez os céus e a terra. Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu ele aos filhos dos homens” (Salmo 115:15, 16). Ou seja, o Senhor nos entregou a terra. Ou seja, este planeta que vivemos é nosso, inteiramente nosso. O Senhor criou a terra para fazermos dela o nosso território de conquistas.


Em segundo lugar, Jesus, o grande vencedor, aquele que comprou a nossa briga e resgatou a nossa honra, proferiu, também com veemência, as seguintes palavras: “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei- vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 4:17). Ou seja, é chegado o tempo de conquistas, ou seja, o reino de Deus, que pode ser traduzido por paz, justiça e alegria no Espírito Santo, foi liberado sobre nós. Ou seja, é chegado o tempo de desfrutar do melhor da terra, do melhor das promessas que Ele tem para nós.
E em último lugar, é preciso se ter mente que as palavras que Deus liberou sobre a vida de Josué, são para os nossos dias “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei, como eu disse a Moisés...Ninguém poderá te resistir todos os dias da tua vida..” (Josué 1:3,5). Ou seja, hoje, nós somos Josué, ou seja, temos uma terra a conquistar e certamente ninguém poderá nos resistir.


Fica bem claro, assim, que viemos a este mundo para lutar e vencer, para conquistarmos os espaços, glorificando, através de nossas vitórias e conquistas, o nosso Deus. E para que isto realmente aconteça em nossas vidas, basta que tomemos posse desta verdade e estejamos sempre aliançados com o nosso Deus. Convém salientar que só se conquista algo, quando há uma disposição, quando há no coração a garra, a determinação e o desejo de vencer, de lutar, de caminhar, ainda que com lágrimas nos olhos. Quando há no coração a coragem de levantar de uma queda, de um tropeço, erguendo os olhos para o alto, recomeçando a sonhar e lutar. E assim como Josué teve de desbaratar grandes inimigos para alcançar a terra da promessa, diariamente temos de ser fortes, confiantes no Senhor, sabendo sempre que com Deus iremos saltar muralhas. E nunca podemos nos esquecer de que sem lutar, sem desafiar os nossos próprios medos e limites, não há vitórias. E não podemos nos esquecer, acima de tudo, que Jesus venceu o mundo para fazer desta terra a nossa terra prometida, o nosso território de memoráveis conquistas.

Ioná Loureiro

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ORAÇÃO CORPORATIVA


ORAÇÃO CORPORATIVA


É sempre assim. Os cinco minutinhos a mais na cama. O relógio despertador que não foi ouvido. O metrô que passou lotado. O ônibus que não parou no ponto. A barca que atrasou. O colega que furou com a carona. Enfim, são vários os contratempos que nos levam a chegar atrasados no trabalho. E meio a tanta correria ou em meio aquela paradinha para tomar o café, sempre acabamos nos esquecendo de orar a Deus antes de iniciar as nossas atividades profissionais. E no final do dia, estamos cansados, exaustos e muitas vezes repletos de pepinos que não conseguimos resolver. Geralmente, temos a impressão de que o dia não rendeu e de que o trabalho está muito desgastante.
Neste sentido, quero dizer que orar antes de começar mais uma jornada de trabalho precisa ser um hábito em nossas vidas. Hábito este que faz uma grande diferença. Como sabemos, trabalhar não é nada fácil, encarar um dia de trabalho requer muito a orientação e a benção do Senhor. Penso que o mercado de trabalho é uma selva, onde só sobrevive aquele que é forte, que tem a força do Leão da Tribo de Judá. Diariamente, nos deparamos com desafios que muitas vezes querem nos desanimar e nos fazer desistir. Não é à toa que vemos muitas pessoas que acabam, em meio a tanta pressão, pedindo as contas, assinando, precipitadamente, a sua carta de demissão. Mas quando temos uma vida de oração, quando iniciarmos o nosso dia de trabalho buscando a Deus e entregando em suas mãos os desafios que teremos de enfrentar no decorrer de nossa jornada de trabalho, clamando por sabedoria, nos sentimos mais fortes, nos sentimos amparados e protegidos pelo Senhor.
Eu diria, neste contexto, que é muito bom fazer o que chamarei de oração corporativa, ou seja, aquela oração específica pelo trabalho, pela empresa que trabalhamos, pelos nossos colegas, enfim, pelo nosso sucesso profissional, reconhecendo com esta atitude que sem a benção do Senhor não somos nada, pois a nossa capacitação vem de Deus. “"Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (15:4-5). E esta oração não precisa ser longa, mas objetiva e sincera, seja dentro do banheiro, em sua estação de trabalho, enfim, em qualquer lugar. O importante é estar conectado a Deus em um ambiente onde a força do Senhor é fundamental, é a mola mestra para o sucesso profissional.

Ioná Loureiro

EXPULSOS DA CORPORAÇÃO


EXPULSOS DA CORPORAÇÃO


O governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, declarou hoje publicamente que os PMs envolvidos na morte do menino João Roberto Soares, de 3 anos, serão expulsos da corporação. O cabo William de Paula e o soldado Elias Gonçalves atiraram acidentalmente no carro em que estavam João, sua mãe e seu irmão de 9 meses. Achando, equivocadamente, que estavam atirando em bandidos, cravejaram de bala o carro em que estava João, causando a sua morte e ferimentos em sua mãe. O governador disse publicamente que os policiais agiram como dois “débeis mentais”.

Precisamos analisar alguns pontos com relação à expulsão dos policiais da corporação militar. Precisamos avaliar profundamente a relação de causa e efeito que envolve este fato que chocou a opinião pública, fazendo, inclusive, muita gente chorar e se indignar. Antes de registrar minha opinião, quero deixar bem claro que não tenho nenhum parente que é policial e nem amigos que façam parte desta corporação que, ultimamente, tem sido chamada de assassina e corrupta. Muito menos estou ganhando algo para defendê-los. Mas preciso expressar essas considerações que surgiram em minha mente quando soube da atitude da expulsão dos referidos PMs da corporação da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Conforme matéria publicada no JB de 09/07/08, o cabo William de Paula tinha cerca de 10 anos de PM, enquanto que o soldado Elias Gonçalves tinha 3 anos. Apenas o cabo William possui curso de abordagem veicular, ministrado pelo Bope. Já o soldado Elias tinha apenas o curso teórico ministrado no terceiro mês do curso de formação de soldados da Polícia Militar. Percebemos, deste modo, que os erros que a polícia vêm cometendo ultimamente deve-se, em grande parte, ao despreparo de tais oficiais. Segundo Melquisedec Nascimento, tenente da PM e presidente da Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas do Rio do Janeiro (AMAE), a falta de verba e investimento vem prejudicando a formação dos oficiais. Hoje um PM é formado em quatro meses e em dois meses já está nas ruas cumprimento estágio. Seria esse tempo suficiente para treinar um oficial e colocá-lo na rua com a missão de defender à população? Logicamente que não!!! Há, na verdade, um grandioso despreparo destes oficiais que têm a tarefa de enfrentar a violência e proteger a população. Sem dúvida, a rotina de um policial é algo altamente extressante, o que exige preparo psicológico e emocional. Sabemos perfeitamente que o treinamento que eles recebem não oferece este tipo preparo. Por este motivo, vemos, em nossas ruas, policiais completamente despreparados, desprovidos de valores, princípios e táticas de abordagem eficazes. Por este motivo, chamá-los de débeis mentais é algo fora de contexto. Entendo, neste sentido, que ao invés de a população referi-se à polícia como assassina e corrupta, deve chamá-la de despreparada e desequilibrada. Despreparo e desequilíbrio proveniente de um Estado que não cumpre devidamente o seu dever de garantidor. Diante desta cena, vemos dois policiais sendo expulsos da corporação, ambos com filhos em idades próximas a de João Roberto, o menino que assassinaram acidentalmente. Chamá-los de débeis mentais é fácil, afinal de contas, a corda sempre acaba arrebentando para o lado mais fraco, não é mesmo?! É mais fácil condenar dois homens que erraram do que assumir o erro de uma instituição repleta de falhas e de erros.
Já que não posso mais orar pelo menino que se foi, oro por sua família que está sofrendo esta lamentável e dolorosa perda. Também oro por esses dois policiais que estão sendo punidos por esse grave erro que cometeram e que carregarão esta culpa e esta acusação para o resto de suas vidas. Oro pelo Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, que tem vivenciado cenas de violência cada vez mais absurdas, seja por despreparo da polícia ou por constante ameaça de meliantes.


Ioná Loureiro