quarta-feira, 25 de março de 2009

JURAS DE AMOR


Acho muito interessante a variação das diferentes juras de amor vivida na adolescência. Os adolescentes amam com tanta facilidade numa explosão de sentimentos e declarações amorosas, que nos surpreendem. É comum vermos, por exemplo, jovens apaixonados fazendo declarações fervorosas, envolvendo profundas afirmações de amor. É um tal de “eu te amo”, “você é tudo pra mim”, “eu não vivo sem você” e daí por diante. Mas em pouco tempo, numa repentina mudança de ares, o relacionamento se esfria, se rompe. E de repente, lá se foi o amor tão afirmado e exposto com tanto sentimento. E logo após, surge um novo amor e com ele, novas juras, novas declarações repletas de paixão. É um ciclo que se repete, o ciclo das juras de amor da juventude.

Não condeno e nem critico esta fase da adolescência e juventude. Afinal de contas, quem nunca se viu neste contexto, quem nunca fez grandes juras de amor nesta fase da juventude, fase em que os sentimentos se misturam e se confundem. As mãos frias, o coração acelerado, noites sem dormir pensando no amado, as frases de amor no caderno, no quadro de giz, nas palmas das mãos. A grande questão, entretanto, é o cuidado que se deve ter nesta fase. Ou seja, é preciso ter muito cuidado, pois em meio à tamanha explosão de sentimentos, em meio à tantas juras de amor, limites acabam sendo ultrapassados, especialmente quando se misturam sentimentos e desejos, já que na mente de muitos jovens, o amor só pode ser expressado e vivido em meio à carícias que sempre acabam culminando no sexo fora do casamento.


O adolescente é livre para amar, para demonstrar seus sentimentos mas precisa ter o cuidado para não desprezar os valores deixados pelo Senhor, especificamente quando nos orienta a manter o nosso corpo em santidade, reservando para o casamento os momentos de prazer tão explorados e distorcidos pela mídia e pela sociedade em que vivemos. O adolescente pode se apaixonar, paquerar, fazer as suas juras de amor como lhe convém, tendo sempre em mente que a sua vida sexual só pode ser iniciada dentro dos propósitos de Deus. Agindo assim, não experimentará dias tenebrosos, que podem lhes roubar a alegria de uma fase tão linda. Juras de amor não podem exceder os limites da razão e do temor ao Senhor, vindo a comprometer o bom futuro reservado por Deus.

Ações permanentes

Podemos dizer que andar com Deus se resume em duas ações: temer ao Senhor e guardar a sua Palavra. Temer ao Senhor envolve respeito, amor e reconhecimento de sua supremacia e soberania. Guardar a sua Palavra envolve disciplina, persistência e dedicação. Foi praticamente estas ações que José, o José do Egito, que veio a tornar-se o respeitado governador daquela nação, não se entregou aos apelos de Satanás, quando colocou em seu caminho uma grande cilada, ao convidá-lo para se envolver numa relação sexual ilícita. E é praticando estas ações, que o Senhor nos livrará do pecado que tão de perto nos assedia.

"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau". (Eclesiastes 11:13,14)

terça-feira, 24 de março de 2009

O espinho na carne

Teólogos especulam mas ninguém sabe ao certo que espinho na carne seria este referido pelo Apóstolo Paulo. A grande lição é que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza e a graça do Senhor é tudo o que precisamos na vida. Quando estamos fracos, Deus resgata em nós um força sobrenatural. Força que nos impele a ultrapassar barreiras, a ir além dos nossos próprios limites.

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte" (II Cor. 12:7-10)

domingo, 15 de março de 2009

O MAIOR DESAFIO DO REI DAVI


Muitos pensam que o maior desafio que Davi enfrentou em sua vida foi o gigante Golias, poderoso guerreiro do exercíto filisteu. Penso, entretanto, que o maior desafio que Davi enfrentou foi lidar, cuidar e restaurar a identidade e o caráter de homens que se ajuntaram a ele na Cavernda de Adulão. Homens que se achavam em aperto, endividados e com espíritos desgotosos, enfim, cerca de 400 homens. Esse, sem dúvida, foi o maior desafio de Davi.


Saber se relacionar com o próximo é um grande desafio. Davi soube muito bem se relacionar com aqueles homens amargurados. Às vezes, me ponho a imaginar as horas a fio que Davi passava conversando e ministrando aqueles homens. Posso imaginar o abraço coloroso de um amigo, posso imaginar as inúmeras palavras de incentivo, de ânimo que Davi depositou no coração daqueles homens. Posso imaginar a tamanha compreensão e paciência de Davi, em acreditar, em investir na vida daqueles homens. Posso imaginar quantos conflitos surgiram entre eles e quantas vezes Davi, com palavras sábias, repletas de amor, abrandou os ânimos, fazendo acalmar o coração. Tanto investimento, tanto amor, lhe rendeu um exercíto de valorosos e valentes guerreiros. Davi se relacionou tão profundamente com aqueles homens a ponto de se tornarem seus amigos, guerreiros dispostos a fazer qualquer coisa para honrá-lo e defendê-lo. Há, inclusive, praticamente um capítulo inteiro da Bíblia falando destes valentes guerreiros (II Sam. 23).


Creio que saber se relacionar com o próximo é um grande desafio, que todos devemos enfrentar com a ajuda do nosso Deus. Precisamos pedir ao Senhor que nos dê um coração, segundo o seu coração, para entender as pessoas que surgem em nossa caminhada. Pessoas que, muitas vezes, nos pedem ajuda, pessoas que, muitas vezes, precisam de apoio, precisam de restauração, de um abraço, de um sorriso, de uma palavra amiga. Pessoas que estão a procura de alguém que as ouça por um momento. Pessoas cansadas de julgamentos humanos, pessoas não compreendidas, excluídas que necessitam de alguém que as ame e que tenha disposição paraesteja tratar de suas feridas a fim de resgatar-lhes as suas indentidades perdidas em meio aos tropeços e às desilusões que a vida lhes impuseram. Que Deus nos dê esse coração...

O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado. E edificarão os lugares antigamente assolados, e restaurarão os anteriormente destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração” (Isaías 61:1-4)

quinta-feira, 12 de março de 2009

DESERTOS



A palavra deserto provém do latim desertus, particípio passado de deserĕre, cujo significado é "abandonar". Desertos são regiões que recebem pouca precipitação pluviomética (água). Como conseqüência, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida. Comparando-se com regiões mais úmidas isto pode ser verdade, porém, examinando-se mais detalhadamente, os desertos freqüentemente abrigam uma riqueza de vida que normalmente permanece escondida (especialmente durante o dia) para conservar umidade.

Percebemos que o deserto fez parte da história de grandes homens de Deus. Vemos esta verdade na vida de Moisés, Davi, João Batista, Jesus, o nosso Senhor e Paulo.

Moisés: "E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe" (Ex. 3:01)

Davi: "E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão" (I Samuel 23:14)

João Batista: "E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel" (João 1:80)

Paulo: "Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos" (II Cor. 11:26)

Jesus:"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mateus 4:11)

Estes são apenas alguns exemplos de homens que estiveram no deserto.

Mas, por que o deserto? Na verdade, deserto é lugar de habilitação, crescimento, reflexão, amadurecimento e, acima de tudo, lugar de contato íntimo com Deus. É no silêncio e no meio do aparente abandono que ouvimos a voz do Senhor com mais sensibilidade. Há uma grande riqueza escondida no deserto, riqueza de transformação de visão, de valores e de aprendizado. Interessante notar que em meio a toda sequidão do deserto, as nossas experiências nos remetem a um sede maior de Deus.

"¶ [Salmo de Davi quando estava no deserto de Judá] O Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água" (Salmo 63:01)

Sede esta que nos aproxima daquele que nos ama profundamente e que tem a supramacia de saciar a nossa sede.

"E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba" João 7:37

Deserto, não é lugar de dor. É lugar de fortaleza, é local de abrigo no esconderijo do Altíssimo. É local onde o Senhor nos concede asas para voar além das impossibilidades. É local onde aprendemos a enxergar o mundo a nossa volta com os olhos da fé.

quarta-feira, 4 de março de 2009

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE OU TEOLOGIA DA VERDADE?


Um dia desses, navegando pela internet, encontrei um texto em que o autor criticava duramente aqueles que ao ministrar a Palavra, ensinam as pessoas a buscarem as promessas de Deus, especialmente as bênçãos ligadas à prosperidade, enfim, a busca de bens financeiros, uma casa nova, um carro novo, ou seja, de uma vida confortável. O autor dizia que Deus não promete nada disto em sua Palavra. Dizia que devemos nos deter apenas a ensinar as pessoas a obedecerem a Deus e a aguardar com grande expectativa a volta de Jesus.

Confesso que me desaponta tais críticas. Sinceramente, me recuso a ensinar as pessoas a levarem uma vida medíocre, ensinando-as a obedecer a Deus, sem clamar por suas promessas, sem criar em seus corações o desejo de ter uma vida melhor aqui nesta terra. Uma pergunta logo me vêem a mente? Como eu vou glorificar o nome do meu Deus levando uma vida miserável numa sociedade extremamente elitista e capitalista? Será que Deus não quer tenhamos uma vida confortável? Será que, como filhos de Deus, se formos obedientes, não temos direito a comer o melhor desta terra? "Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o melhor desta terra" (Isaías 1:19). Será que é o desejo de Deus que sejamos envergonhados? Não seria da vontade de Deus que honestamente venhamos a ser prósperos para não necessitarmos de coisa alguma"E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma" (I Tess. 4:11,12). Imaginem esta cena. Você em casa e, de repente, um de seus familiares precisa de um atendimento de emergência em um hospital. E você, sem opções, necessitando de socorro, vai pedir ao vizinho para tirar o carro da garagem para conduzí-lo ao Centro Médico. E então?! É errado, pedir ao Senhor, prosperidade para comprar um carro?! Logicamente que não!
Tenho plena certeza de que precisamos ministrar o ensinamento de que Jesus, o Senhor do Senhores, voltará. Tenho plena convicção de que precisamos ser obedientes à sua Palavra. Mas também tenho plena ciência de que enquanto Ele não vem buscar o seu povo escolhido, preciso anunciar o seu evangelho, ensinando que a terra é o nosso território de nossas grandes conquistas, em todos os sentidos. Ou seja, conquista de vidas salvas e restauradas e também conquista de uma vida confortável. Precisamos ensinar que em meio à obediência, conquistaremos a nossa terra que mana leite e mel. Não vejo esta visão como a teologia da prosperidade e sim como a teologia da verdade, da verdade de que o desejo de Deus para seus filhos é que vivam a prosperidade em toda a sua plenitude.

terça-feira, 3 de março de 2009

A DUPLA FACE DA TRAIÇÃO

Existem dois tipos de traições. A traição realizada por imaturidade e descontrole emocional, como no caso de Pedro, ao trair a Jesus. Percebemos claramente que não havia em seu coração a intenção de magoar e prejudicar o Mestre. Temos, por outro lado, a traição maligna, que tem como objetivo matar, destruir, frustrar os planos e propósitos de Deus, como no caso de Judas, que traiu a Jesus, permitindo que Satanás enchesse o seu coração.
A traição realizada por imaturidade e descontrole emocional é acompanhada de um arrependimento sincero “E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes; E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente” (Lucas 22:61,62) . Já a traição maligna, é acompanhada de remorso e morte “E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.” (Mateus 27:05) .

Vale salientar que ações emocionais e malignidades se misturam no coração do homem. E em meio a estas duas faces da traição, precisamos demonstrar o equilíbrio exercido pelo Mestre dos mestres. Precisamos perdoar a traição do “Pedro”, dando-lhe uma nova chance, e precisamos enfrentar a malignidade da traição do “Judas”, cumprindo o propósito de Deus ainda que por meio de grandes provações.