quarta-feira, 28 de abril de 2010

Onde estão os amigos?!

"Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão" (Mateus 24:10).

O fim está próximo mesmo e os sinais estão em toda parte. E um dos sinais, por exemplo, é a falência da amizade. Digo falência porque está cada vez mais difícil encontrar amigos verdadeiros, amigos que não traem, que sabem guardar um segredo. Enfim, pessoas em quem possamos confiar.

E diante desta crise de amizade, o que fazer? Não ter mais amigos.? Se fechar para todos? Não creio que este seja o caminho. A solução é justamente pedir ao Senhor que nos mostre, nos revele onde estão e quem são os verdadeiros amigos. Interessante notar que os verdadeiros amigos muitas vezes estão escondidos, são como pedras preciosas, tesouros escondidos em meio ao anonimato. Geralmente, amigos verdadeiros não possuem parecer nem formosura. São simples e por termos o costume de atentarmos para aparência das pessoas, os deixamos escapar. E por vezes, os desprezamos e confiamos nas pessoas erradas.

Que Deus nos revele os verdadeiros amigos. Que Jesus abra os nossos olhos para encontrá-los.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Errar ou não? Eis a questão...

O discurso é sempre o mesmo. Errar é humano, todos somos passíveis de erro, só Deus é perfeito. Enfim, são várias as desculpas que usamos para justificar os nossos erros. Mas a grande verdade é que bom mesmo é não errar, pois existem erros que podem destruir a honra de uma pessoa, manchar o seu futuro, ou seja, existem erros que podem gerar sérias consequências.

Justamente por esta razão, o Senhor, ao firmar uma aliança com Abraão, alertou-lhe sobre esta questão: "Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito" (Gen. 17:1). O Senhor disse com veemência para Abraão: - Sê perfeito! Em outras palavras, o Senhor queria dizer: - Abraão, não erre, não vacile, faça de tudo para andar em retidão.

E este é o conselho que o Senhor tem para cada um de nós. Devemos fazer de tudo para não errar. Não podemos nos esconder atrás de nossa natureza humana para dar vazão aos nossos erros, à nossa natureza carnal. Não podemos nos conformar em viver errando e muitas vezes, tropeçando nos mesmos erros. Não podemos nos esquecer de que quando não erramos, somos bem-aventurados em tudo o que fizermos.

"Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR" (Salmo 119:01) 

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Disseram...



Essa semana eu vivi um fato interessante. Estava atrasada para a Faculdade, peguei o metrô e de repente, o trem parou. A condutora informa pelo alto-falante que devido a um problema na Estação de Tomaz Coelho, o tráfego estava lento. Só que a lentidão foi além do que esperávamos, pois ficamos parados na Estação de Maracanã, por um bom tempo. Imaginem a cena... O vagão de mulheres super lotado e parado. Mulheres estressadas falando pelos cotovelos. E eu, aflita porque não podia perder a prova, já que não teria direito a uma segunda chamada. De repente, uma companheira diz: - Este trem só vai seguir até Maria da Graça, uma amiga acabou de dizer pelo celular! Enfim, uma estação antes da que eu precisava descer. E algumas companheiras, ao ouvir este comentário, desesperadas, desceram do vagão. Naquele momento, pensei? Desço para pegar um ônibus ou fico aqui? O que faço? Respirei e pensei: - Será que isso é verdade? Resolvi me acalmar e esperar. Em seguida, o trem partiu e cheguei ao meu destino. Fiz a prova com a graça de Deus!

É interessante notar como muitas vezes nos deixamos levar pelo que os outros nos dizem. Quantas vezes nos desesperamos, abandonamos o nosso caminho, os nossos sonhos porque ouvimos um comentário e nem se quer avaliamos se aquilo é ou não verdade? Quantas vezes achamos que alguém não é legal simplesmente porque ouvimos algo ruim a respeito desta pessoa? Quantas pessoas maravilhosas deixamos de conhecer por conta do que ouvimos? Quantas decisões erradas tomamos por darmos ouvidos a voz de homens e não a voz de Deus?

Não podemos permitir que os maus rumores a nossa volta nos impressionem, fazendo com que percamos o nosso alvo. Se Josué e Calebe se deixassem levar por tais tipos de comentários, certamente não teriam entrado na terra prometida. Estejamos atentos...

"Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no Senhor" (Sl. 112.7)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Uma relação espiritual

"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem" (João 4:23)


Deus está a procura de pessoas que se relacionem com Ele, em espírito. E o que isto significa? Significa que devemos amá-lo, serví-lo e nos aproximar dele independente do que sentimos, pois é em espírito que nos relacionamos com o nosso Deus. E o que isto quer dizer? Quer dizer que não devemos depender do que sentimos para nos aproximar do Senhor. Ontem, por exemplo, estava conversando com uma pessoa, muita querida, sobre a disciplina que devemos ter no tocante à leitura da Palavra. Esta pessoa comentava comigo que ultimamente não estava com vontade de ler a Bíblia. Eu virei para ela e disse: - Você acha que sempre eu tenho vontade de ler a Bíblia? De forma alguma? Tem dias que estou sem paciência, cansada, com sono, mas eu leio mesmo assim, porque sei que o meu espírito precisa se alimentar da Palavra, caso contrário, não conseguirei resistir no dia mal, pois é a Palavra que nos alimenta. Ou seja, não dependemos da nossa vontade para buscar a Jesus. Tem dias, por exemplo, que não estamos com vontade de ir para a igreja, mas vamos mesmo assim, pois o nosso espírito nos comove e nos impulsiona a estar na Casa do Senhor. E logo após o culto, saímos com aquela sensação maravilhosa, tendo a certeza de que fomos renovados.

Não podemos nos esquecer de somos seres espirituais e que a nossa relação com o Senhor deve ser em espírito. As nossas emoções não podem nos afastar da presença do nosso Deus. Por isso, ainda que sem vontade, leiamos a Bíblia, estejamos na igreja, façamos as nossas orações, cumpramos o nosso chamado. Enfim, nos aproximemos do nosso Deus. Não dependemos da nossa vontade, mas sim do nosso espírito. Como disse Jesus, certa vez, "o  espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita". Enfim, as nossas emoções nos confundem, nos traem. Que possamos, portanto, andar em espírito, nos relacionando com o nosso Deus, em espírito.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem perdão, um evangelho mentiroso

"Porque amar a Deus significa observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados" (I João 5:3)

Temos uma aliança com Deus e uma de nossas responsabilidades é observar os seus mandamentos. E como nos diz a própria Palavra, os seus mandamentos não são pesados. Ou seja, o Senhor não nos pede nada algo demasiadamente difícil, que seja impossível de realizar.

Neste sentido, tenho refletido bastante sobre um mandamento que o Senhor nos deixou. Uma ordenança que muitos cristãos têm tido dificuldade de cumprir - o perdão. Percebemos que muitos que servem a Deus se dizem cumpridores de seus mandamentos, mas quando a questão é perdoar uma ofensa, a questão toma um outro rumo, uma outra direção. Há uma resistência muito grande em perdoar. Vemos, inclusive, pessoas dentro das igrejas que não falam umas com as outras. Evangélicos que frequentam os cultos, dizem cumprir o seu chamado, porém excluíram de seus corações parentes e familiares. Alguns, inclusive, morando debaixo do mesmo teto, não falam uns com os outros. Pessoas que deixam de lado o que o Senhor nos ensinou com tanto veemência ao compartilhar com os seus discípulos a parábola do servo que teve sua dívida perdoada, mas não soube liberar o perdão a quem lhe devia (leia Mateus 18). Aquele homem obteve o perdão de uma dívida muito grande. Entretanto, quando alguém que lhe perdiu que perdoasse uma dívida bem menor, recusou conceder-lhe o perdão. Ao finalizar a parábola, o Senhor Jesus deixou bem claro que aquele que não sabe perdoar será entregue aos verdugos "Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas" (Mateus 18:35). Os verdugos eram guardas da prisão, carrascos que tornavam a vida do prisioneiro um verdadeiro inferno, pois espancavam diariamente o preso, sem dó e sem piedade alguma. Enfim, eram verdadeiros torturadores. O Senhor deixou bem claro que aquele que não perdoa, que oculta a mágoa, a raiva e o rancor, não terá paz. Ao contrário, será atormentado pela sua própria consciência, pois não está agindo de acordo com a vontade de Deus. Existe, em seu coração, uma pendência com o Criador. A falta de perdão nos aprisiona e impede, inclusive, que as nossas ofertas seja aceitas pelo Senhor "... vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta" (Mateus 5:24).

Sabemos que não é fácil perdoar uma ofensa, pois quando alguém nos fere seja por meio de palavras ou atitudes, o nosso ego é tocado e a nossa humanidade nos induz a revidarmos ou excluirmos esta pessoa de nosso convívio, de nossa mente, de nossa história. Só que nestas horas, como filhos de Deus que somos, precisamos deixar de lado a nossa humanidade e nos revestirmos de nossa natureza espiritual que nos ensina a perdoar as ofensas para que sejamos livres. Se não agirmos desta forma, o evangelho que vivemos e pregamos é uma farsa, uma mentira, uma verdadeira hipocrisia, pois o perdão é a essência do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. 

"Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo" (Efésios 4:32)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um Deus emocional

Creio absolutamente e incondicionalmente na vontade de Deus. Mas não creio que esta vontade seja uma vontade estática, imóvel.  Creio sim, numa vontade soberana que se movimenta de acordo com o que somos diante do Senhor. Creio numa vontade que se locomove através do nosso posicionamento.

Deus, sem dúvida alguma, tem planos e projetos traçados para cada um de nós. Enfim, ao olhar para nós, ele desenvolve planos para o nosso bem. Enfim, pensamentos de paz, conforme descritos pelo profeta Jeremias "Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança" (Jeremias 29:11). Ou seja, Deus tem planos traçados para nós, mas são as nossas atitudes que trazem a existência as suas promessas. Os planos de Deus podem mudar, pois são planos que se movimentam de acordo com a nossa disposição. Por este motivo, há tantas mudanças, tantas surpresas e o inesperado que sempre nos surpreende. Nada é definitivo e absoluto. A história se movimenta através de nossas atitudes.  Assim, a forma como reagimos diante das lutas que travamos escrevem as páginas da nossa existência. Há sempre algo determinado no céu a nosso respeito. Uma benção reservada para nós e dependendo de nossas atitudes, viveremos a vitória ou o fracasso "Vede que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: A bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu hoje vos ordeno; porém a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que eu hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que nunca conhecestes" (Deut. 11:26-28). Tudo depende de nossas ações. Podemos, portanto, afirmar que há em nós a capacidade de tocar e interferir em sua vontade, como fez o choro de Ezequias "Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas. Eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás ã casa do Senhor" (II Reis 20:5).  A grande verdade é que o Deus que servimos tem emoções, só que muitas vezes não atentamos para este fato e não temos a ousadia de tocar o seu coração com o nosso clamor e com as nossas atitudes. Por vezes, nos relacionamentos com um Deus estático e frio. Não enxergamos o Deus que sente, que chora, que ouve, que se dispõe, que estende a mão e que se emociona.

Em nosso coração deve haver um clamor, um desejo ardente - tocar o coração de Deus. Creio que é tempo de deixarmos as formalidades de lado e expormos o que há de mais profundo em nosso ser. Precisamos nos abrir para Deus sem reservas e sem limites, expondo o que sentimos, o que necessitamos. Precisamos mexer com os seus sentimentos, surpreendendo-o com as nossas lágrimas, palavras e ações. Precisamos fazer Deus voltar atrás, acrescentando-nos dias. Nós, definitivamente, precisamos tocar o coração de Deus. Precisamos invadir as suas emoções através de nossa obediência aos seus preceitos e através de nossa sinceridade.