segunda-feira, 30 de julho de 2012

Descontrole total!



"Aquele que governa o seu próprio espírito é mais poderoso do que aquele que se apodera de uma cidade" Prov. 16:32

As pessoas atualmente andam num descontrole emocional tão grande, que até assusta. Diariamente, quando ligamos a TV, nos deparamos com cenas de crimes que ocorreram em momentos de grande descontrole emocional. Lembro de um caso em que um marido, ao discutir com a esposa, apanhou o cabo que ligava o aparelho de DVD à TV e a inforcou, num ataque de fúria. No trânsito, constantemente vejo cenas de pessoas discutindo por causa de uma fechada. Alguns até param os seus veículos para discutir e se agredir. Enfim, estamos diante de um caos total! O ser-humano parece ter perdido completamente o controle de suas emoções. O psicólogo e psicanalista Augusto Cury chega a dizer que no momento da raiva, do descontrole emocional, o ser-humano se torna um ser irracionall, ou seja, age como um animal.


O que fazer então para vencer tudo isso? O que fazer para ter controle sobre as emoções?


O segredo está em Gálatas 5:16 "Digo, porém: ainda em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne". O andar, neste caso, é uma ação contínua, requer atenção contínua. Requer, portanto,  um conflito espiritual e uma busca contínua.  Requer um envolvimento profundo com ações espirituais (oração, Palavra e jejum).

Aquele anda em espírito consegue controlar as suas emoções. Andemos, portanto, em espírito para que a nossa luz brilhe em um mundo onde as pessoas perderam o domínio de si mesmas.  


Pra. Ioná Loureiro

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sórdida ganância!



Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade, nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.” 1 Pedro 5.2-4


Tenho refletido sobre o texto acima. O pastoreio é uma responsabilidade muito grande. A forma como conduzimos as vidas requer extremo zelo e amor. Lamentavelmente, existem muitos gananciosos e dominadores pastoreando.
A este respeito, logo me veêm à mente um casal que estamos acompanhando. A esposa chegou na Igreja muito abatida, com um semblante caído. Estava desligada de sua Igreja e sem exercer o seu chamado. Quando perguntei o motivo, senti uma revolta muito grande quando soube que o seu ex-pastor disse para o marido dela que se ele saísse da Igreja, iria morrer. Eles saíram porque observaram muitas incoerências. As palavras que o tal pastor usou foram as seguintes: Se vc sair, em breve, estará descendo à sepultura. Aquelas palavras ecoaram tão profundamente no coração desse casal, que hoje encontram dificuldades para se relacionar com Deus e com o seu chamado. Mas graças a Deus, domingo, os dois estavam na Igreja e observamos um novo brilho em seus olhos.
Os gananciosos pregadores são assim. Usam a Palavra de Deus para intimidar as vidas, para dominar e passam longe de serem referenciais. 

Pra. Ioná Loureiro

quarta-feira, 11 de julho de 2012

FORMAÇÃO - O SUCESSO DO ENVIO



O jovem Timóteo era muito especial. Das 13 cartas que escreveu, o Apóstolo Paulo faz citação a ele em 8 delas. Ou seja, este jovem fez realmente a diferença em seu tempo. Penso que o grande diferencial de Timóteo era a sua formação. Pois Paulo, ao ver o seu potencial, o trouxe para perto e o cercou de recomendações e conselhos. A este respeito, venho fazer uma breve reflexão sobre uma das recomendações de Paulo ao jovem Timóteo, recomendações estas que nos revelam o segredo de uma boa formação:

 1) Leitura. Sem leitura, não há como ministrar às vidas. Não há como argumentar, como guiar à verdade. Todo formador precisa se dedicar à leitura, e esta leitura não compreende apenas a leitura da Palavra de Deus, mas à leitura de um modo geral. É preciso ler para construir uma reflexão crítica de tudo o que acontece à nossa volta . Quanto mais lemos, mais conhecimento adquirimos e mais capacidade temos formar discípulos com uma ampla visão.

2) Exortação. Muitos pensam, erroneamente, que exortar é dar bronca, falar aos berros, expor as pessoas. Exortar, na verdade, é influenciar, chamar para perto no intuito de estimular a pessoa a cumprir os propósitos de Deus para a sua vida. É persuadir, animar, encorajar, incitar. É preciso ter muito cuidado neste sentido. Exortar é algo que anima e não destrói a auto-estima das pessoas.

 3) Ensino. Todo formador precisa investir tempo no ensino. Não há resultado senão houver investimento no aprendizado. E ensinar é algo que requer empenho, dedicação e, especialmente, muita paciência. Muitos formadores querem desde logo ver os resultados e esquecem que antes é preciso dedicar tempo ensinando, ouvindo, acompanhando. “E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse” Atos 8:31

Analisando estes conselhos do Apóstolo Paulo ao jovem Timóteo, vemos que não é difícil formar discípulos que deixem marcas em sua geração, desde que tenhamos em mente estes princípios básicos: leitura, exortação e ensino. O segredo é, portanto, uma boa formação.


Pra. Ioná Loureiro

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Saul ou Davi? Como reagir diante destes dois perfis de liderança.





Todos conhecemos muito bem o que nos diz a Palavra acerca da submissão aos nossos líderes, enfim, às autoridades de um modo geral "Sujeitai-vos a toda ordenação humana por amor do Senhor" (I Pedro 2:13). Ou seja, todos sabemos que precisamos nos submeter aqueles que exercem autoridade sobre nós. Mas há sempre uma pergunta que paira no ar. Essa submissão tem limites? E quando o líder enlouquece, demonstrando atitudes completamente incoerentes? E quando o líder erra? Como devemos agir neste caso?


Em primeiro lugar, é preciso identificar se o seu líder é um Saul ou um Davi. 
Saul foi um líder que foi constituído por Deus. Inicialmente, tinha o desejo de agradar a Deus. Todavia, em dado momento, começou a enlouquecer e a demonstrar algumas atitudes completamente incoerentes, pois desobedeceu as direções dada pelo próprio Senhor. A loucura invadiu o seu coração. Ficou transtornado e começou a liderar de forma completamente arbitrária, chegando, inclusive, a mandar assassinar os Sacerdotes do Senhor. Proibiu seus soldados e a seu próprio filho de se alimentar em meio à guerra, propondo um jejum inteiramente sem nexo. "Então respondeu um do povo, e disse: Solenemente conjurou teu pai o povo, dizendo: Maldito o homem que comer hoje pão. Por isso o povo desfalecia" (I Samuel 14:28). Transformou-se num líder completamente absolutista. 


O líder Saul age sempre desta forma. Suas ordens são completamente incoerentes. Além disso, não consegue ouvir a ninguém. Sua vontade é sempre absoluta, pois não consegue parar para ouvir quem quer que seja. Saul não ouviu a Samuel, não ouviu a Davi e nem se quer ouviu ao seu próprio filho. Não ouviu, especialmente, a voz do próprio Deus. Se afundou na sua loucura. 


Já Davi, foi o rei segundo o coração de Deus, cometeu grandes falhas mas sempre buscou o caminho do arrependimento. Não permitiu que a loucura invadisse o seu coração. Em dado momento, cometeu uma ordem completamente incoerente, quando mandou assassinar a Urias para se casar com a sua mulher, Batseba. Todavia, quando Natã o exortou a este respeito, ele o ouviu e reconheceu o seu erro. Ouviu a Joabe, comandante do seu exército, quando entrou em crise após a morte de seu filho Absalão. "Levanta-se, pois, agora; e fala conforme ao coração de teus servos; porque pelo Senhor te juro que, se não saíres, bem um só homem ficará contigo esta noite; e maior mal te será isto do que todo o mal que tem vindo sobre ti desde a tua mocidade até agora. Então o tei se levantou, e se assentou à porta..." II Samuel 19:8,9. Percebemos que Davi foi um rei humilde que não permitiu que o poder o impedisse de ouvir a voz de Deus e a voz daqueles que realmente queriam o seu bem. 


O líder Davi é assim. É humilde, sabe ouvir e sua liderança não é uma liderança arbitrária, absolutista. É um líder formador e que respeita os seus liderados. O líder Davi é um líder sensível a voz de Deus. 


A grande questão, portanto, é justamente avaliar que líder você tem para que possa avaliar que tipo de atitude deve tomar. Se o seu líder é um Saul, a atitude a ser tomada é justamente se esquivar dele, como fez Davi, aguardando a justiça de Deus. Jamais desrespeite a sua autoridade. Entenda que Deus muda o rei para preservar a identidade do seu povo. Ou seja, mais cedo ou mais tarde, o líder Saul perderá o seu reinado. É uma questão de tempo. Deus é justo e sua justiça sempre se manifesta sobre o seu povo. 


Se o seu líder é um Davi, esteja sempre ao seu lado e, em particular, exponha a ele as suas considerações acerca de suas atitudes erradas e incoerentes, caso isto venha a acontecer, sempre respeitando a sua autoridade. Deus pode usá-lo neste sentido. Se ele for um Davi, lhe ouvirá e  ponderará as suas observações. É preciso entender que o líder Davi é humano e em dados momentos, ele poderá se equivocar em alguns pontos, mas isso é algo momentâneo. Os grandes líderes também passam por crises emocionais, os grandes líderes também erram. Logo logo ele voltará a sua sã consciência, pois o líder Davi sempre se reanimará no Senhor Deus. 


Vemos, deste modo, que a questão da submissão à liderança é algo requer de nós uma análise criteriosa da situação. O ideal é pedirmos ao Senhor que tenhamos líderes como Davi, que exerceram o seu reinado com base na justiça e na equidade "Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi fazia direito e justiça a todo o seu povo" ( II Samuel 8:15).


Pra. Ioná Loureiro



quinta-feira, 5 de julho de 2012

UM PEDIDO PARA A ETERNIDADE






Uma das marcas de um servo de Deus é a ousadia. Neste caso, me refiro à ousadia de saber pedir, pois percebo que muitas pessoas têm medo de tomar esta atitude. Ou seja, têm medo de ter o seu pedido negado e se escondem diante do medo de receber um não. Na verdade, tais pessoas têm medo de arriscar e por conta disto, deixam de viver grandes milagres e grandes livramentos.

Quando observamos a Palavra de Deus e a própria experiência do povo de Deus, vemos que pedir é uma atitude saudável e até mesmo uma atitude profética. O próprio Jesus nos ensinou a pedir:

"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á".  (Mateus 7:7)

Em vários trechos da Palavra nos deparamos com pessoas que souberam pedir e tiveram seus pedidos atendidos. São diversos os exemplos. Moisés pediu ao Senhor que lhe mostrasse a sua glória. Jacó lutou com um anjo de Deus pedindo que lhe abençoasse. José pediu ao copeiro-chefe que lembrasse dele quando estivesse diante do rei. Raabe pediu aos espias que toda a sua casa fosse poupada quando Jericó fosse invadida. Ester pediu ao rei a liberação para que seu povo pudesse se defender, mesmo correndo risco de morte. Enfim, são inúmeros os exemplos que podemos citar. Percebemos, portanto, que em determinadas situações é preciso pedir para trazer a existência o sobrenatural de Deus. Ocorre que muitas vezes não pedimos e nos acomodamos diante das impossibilidades e diante do medo, da vergonha.

A este respeito, venho salientar um pedido muito especial, que nos chama a atenção, que pode ser considerado um pedido para a eternidade. Me refiro ao pedido de um dos malfeitores que foram crucificados com Jesus. Eis o pedido daquele homem: “Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino” (Lucas 23:42). Posso dizer que aquele foi o pedido mais importante de sua vida, um pedido que definiu a sua sorte, o seu destino na eternidade, pois Jesus lhe respondeu: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43). E se ele não tivesse feito este pedido? Qual teria sido o seu destino?

Interessante notar que Jesus queria encontrar no coração das pessoas este posicionamento. “Perguntou-lhe ao cego: Que queres que te faça? Respondeu-lhe o cego: Mestre, que eu veja. Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente recuperou a vista, e foi seguindo pelo caminho”  (Marcos 10:51,52). Vemos que o Senhor deseja encontrar esta ousadia em seus filhos. “E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?” (Lucas 11:11)

Que possamos, portanto, nos revestir de ousadia e pedir o que precisamos sem receios. Afinal de contas, existe uma promessa sobre nós que afirma que tudo o que pedirmos em nome de Jesus, o Senhor nos concederia.

Pra. Ioná Loureiro