segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

AMOR EM AÇÕES E ATITUDES

"acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é vínculo da perfeição" (Col. 3:14)


Hoje acordei com vontade de falar sobre o amor. Todos almejamos a perfeição, ou seja, há em nosso coração o desejo de não errar, de melhorar, de progredir, de fazer o bem, enfim, de nos tornar uma pessoa melhor. E o amor é o caminho...O amor construir, reconstrói, edifica, transforma, fortalece, etc . O amor é tudo de bom. O amor é como uma grande lente que nos leva a enxergar o mundo com outros olhos. O amor nos leva a ser mais tolerantes, a compreender o lado do outro, a dar atenção a todos sem preconceitos ou discriminação. O amor dissipa as trevas e desarma os laços de Satanás. O amor nos justifica diante de Deus. O amor é uma grande potência. Feliz é aquele que se reveste deste sentimento. É muito bom dizer eu te amo, mas melhor ainda é provar este amor através de ações e atitudes.

"Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade" (I Jo. 3:18)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

BATE-SEBA - VÍTIMA OU APROVEITADORA?

Às vezes me ponho a refletir sobre a postura de Bate-Seba quando se envolveu com Davi. Quando mandou chamá-la, teria ela cedido sem resistências aos caprichos do rei?! Teria ela visto aquela a grande oportunidade de se envolver com o poderoso rei Davi? A Bíblia, enquanto a trama se desenvolve, não deixa escapar nenhuma palavra sua. Estamos apenas diante do silêncio de uma bela mulher que conseguiu fazer o homem segundo o coração de Deus perder a maior batalha de sua vida, batalha esta travada na arena de suas emoções.

Davi era rei, tinha autoridade e soberania de rei. Naquela época, o rei representava a divindade. Assim, o desejo de um rei era uma ordem suprema e absoluta. Deste modo, quando Davi mandou chamá-la, ela não tinha outra opção a não ser ir, a não ser se apresentar ao rei. Os soldados do rei haviam ido lá para buscá-la e eles eram investido de autoridade para cumprir as ordens do soberano. Posso imaginar eles chegando na casa de Bate-Seba, dizendo: - Se arrume mulher, pois o rei deseja vê-la! É a ordem do rei! Mas, teria ela alguma saída? A Bíblia não relata nenhuma palavra de Bate-Seba diante desta ordem. Há um silêncio. Me ponho, portanto, a pensar. Por que ela não argumentou com Davi como fez Tamar, quando seu irmão Amnon, tentou estuprá-la?! “Não, meu irmão, não me forces, porque não se faz assim em Israel: não faças tal loucura” (II Sam. 13:12) Por que não usou palavras sábias como as de Abigail, quando tentou afastar a fúria de Davi contra Nabal?! “Lançou-se-lhe aos pés e disse: Ah! Senhor meu, caia a culpa sobre mim; permite falar a tua serva contigo e ouve as palavras da tua serva” (I Sam. 25:24) .Ou então, por que não fugiu, como fez José, ao receber a ordem da mulher de Potifar para satisfazer os seus desejos sexuais? “Então, ela o pegou pelas vestes e lhe disse: Deita-te comigo; ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora” (Gen. 39:12). Sendo uma mulher idônea, não teria ela despertado o rei acerca desta grande loucura?! Não poderia ela trazer à consciência do homem segundo o coração de Deus a noção do que é certo e do que é errado?! A ordem de um rei estaria acima da sua boa consciência?! Se formos parar para pensar, a questão é realmente um tanto controversa.

Histórias como a de Bate-Seba e Davi se repetem nos dias de hoje. Homens e mulheres comprometidos acabam se envolvendo sexualmente numa atitude passiva diante do desejo que assolam seus sentimentos. Vítimas ou aproveitadores do acaso, mais cedo ou mais tarde, sofrerão as conseqüências de seus erros. Davi, teve em seus braços, a mulher que desejou, mas teve de contemplar em seu lar e em seu reinado perdas incalculáveis. Bate-Seba, por sua vez, tornou-se a esposa do grande rei, mas teve de ver esmorecer em seus braços, o primeiro fruto de seu ventre, o filho que tanto amou. A lição que resta para nós é compreender que o salário do pecado é a morte e que não dá para ser passivo diante das situações e dos desejos que muitas vezes tentam invadir o nosso coração. Não podemos nos esquecer de que há caminhos que aos nossos olhos, parecem bons, mas o final deles é a morte (Prov. 16:25).

Ioná Loureiro