segunda-feira, 31 de março de 2014

A INOCÊNCIA DE DANIEL


Estive refletindo sobre os grandes livramentos que Daniel viveu no reino da Babilônia. Analisando a questão pela ótica humana, é praticamente impossível que um homem ao ser lançado em uma cova, repleta de leões famintos, possa escapar com vida. Ele não era um domador de leões e naquela época não havia tranquilizantes. Digo porque existe um zoológico na Argentina onde as pessoas acariciam os leões, os alimentam sendo que os animais são dopados para ficarem em estado “zen”. Do contrário, ao invés de alimentá-los, certamente os visitantes seriam a refeição dos leões.

Mas Daniel escapou! Escapou vivo por quê? Que motivo fez com que vivesse tão grande livramento? A resposta se encontra no capítulo 6, verso 22, do livro de Daniel:

"O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum" 

Deus fez questão de livrar a Daniel por causa de sua inocência. Não havia dolo, não havia brechas na vida de Daniel. Ele era limpo diante de Deus e diante dos homens e este fato fez com que experimentasse este grande livramento.

A grande verdade é que sempre queremos viver grandes livramentos. Mas será que temos assumido a mesma conduta de Daniel?! Somos inocentes diante de Deus e diante dos homens? Somos irrepreensíveis?!

Muitas vezes nos preocupamos muito em estar limpos diante de Deus mas nos esquecemos de andar em retidão diante dos homens. Daniel disse ao rei “e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum” (Daniel 6:22)  Ou seja, ele tinha uma conduta exemplar diante do rei. Exercia as suas funções com excelência. Tanto é verdade que o rei ficou triste quando soube que teria de permitir que ele fosse lançado na cova dos leões. O rei sabia que Daniel não merecia esta penalidade. Era um ato injusto diante de um homem que não dava margens para que o acusassem de nada.

Situação semelhante viveu José, que experimentou um grande livramento por conta de sua conduta ilibada diante de Deus e diante dos homens quando recusou manter relações sexuais com a mulher de Potifar. 

"Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como foi faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus" (Gen. 39:8-9)

Assim como Daniel, José se preocupou em manter uma conduta reta diante de Deus e diante de seu superior. Estava limpo diante de Deus e diante dos homens e Deus o honrou a ponto de assumir a posição de governador em toda a terra do Egito. 

A história de Daniel nos convida a refletir sobre a nossa conduta diária, seja em nossa casa, em nosso trabalho, na Igreja e onde estivermos. Temos sido luz do mundo e sal da terra? Estamos limpos diante dos homens? Somos inocentes? Existem pessoas, por exemplo, que são uma benção na Igreja, mas em casa são péssimos exemplos. No trabalho, demonstram uma conduta totalmente fora dos padrões. Se dizem limpos diante de Deus, mas demonstram uma conduta completamente errada nos bastidores.

Que o Senhor, portanto, nos ajude quanto a isto para que possamos viver grandes livramentos. Que sejamos inocentes em meio à uma geração incrédula a fim de que possamos resplandecer como astros neste mundo. O brilho de Daniel resplandece até os dias de hoje e creio que Deus quer que o nosso bom testemunho reflita a sua glória nas gerações vindouras. 

Pra. Ioná Loureiro