sexta-feira, 30 de março de 2012

O VALOR DE UMA ORAÇÃO



É muito bom quando alguém chega perto de nós e diz: Eu orei por você! É muito bom, é muito bom. É o melhor presente que podemos receber de alguém. Pensando nisto, sou muito agradecida e tocada por Deus quando penso que Jesus, um pouco antes de experimentar a dor da cruz, orou por cada um de nós.
 
"É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus... Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra" João 17:9,20
 
Jesus orou por cada um de nós, antes mesmo de existirmos. Ou seja, antes de virmos a este mundo, Ele nos consagrou em oração. Vale salientar que esta oração captada por João é algo que nos constrange, de tamanho o amor de Jesus por nós. Este momento de oração de Jesus, registrado em João 17, revela a essência do amor de Jesus por cada um de nós. 
 
Aliás, uma amiga certa vez estava compartilhando comigo que é na oração que conhecemos o coração das pessoas. Quando era solteira, por exemplo, minha mãe sempre me dizia o seguinte: Filha, que saber se o namorado é de Deus, convida ele para orar. Se ele fugir da oração, fuja dele que é laço, pois quem não gosta de orar, não gosta de Deus. Na verdade, a nossa casa parecia mais uma igreja. Toda visita que minha mãe recebia, especialmente se fosse servo de Deus, minha mãe sempre colocava a pessoa para orar antes de ir embora. A nossa sala parecia um Cenáculo de Oração.  Eu cresci assim, em meio à oração. Engraçado era quando a minha mãe cismava de orar no pó. Uma vez por semana ela fazia isso. Orar no pó era ficar esticada no chão, orando, com o rosto literalmente no chão. Eu não entendia nada daquilo! Achava que tudo aquilo era maluquice da minha mãe, mas mal sabia eu que aquelas orações sustentavam a nossa família.
 
Que possamos ter uma vida oração, seja em pé, deitado, de joelhos. O importante é orarmos! Que possamos orar pelos nossos amigos e por aqueles que hão de herdar a salvação, como Jesus nos ensinou.
 
"Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós" João 17:11

Pra. Ioná Loureiro 

terça-feira, 27 de março de 2012

UM AMOR INCONDICIONAL



Às vezes me ponho a observar as amizades e os relacionamentos de um modo geral. E neste sentido, percebo que ultimamente as pessoas andam muito solitárias, sem amigos. Neste caso, muitas delas optam por não ter amigos por que algum dia sofreram alguma decepção. Ou seja, alguém que se dizia amigo traiu, abandonou, decepcionou ou foi embora.  E a pessoa então acha que não vale mais à pena ter amigos. Em sua mente, todos são iguais e que não dá para confiar em ninguém.
Mas será que é realmente assim que funciona uma amizade?! Existem realmente amigos verdadeiros?! Sinceramente, confesso que já entrei numa dessas crises de não querer ter amigos, especialmente porque um dia fui traída por uma grande amiga. A traíção foi tão forte que anos se passaram e sempre trago esta experiência na lembrança. Só que os tempos foram passando e comecei a me envolver com Jesus, o verdadeiro amigo. Analisando as suas atitudes e o seu sentimento pelo ser humano, passei a entender que amigos não são perfeitos. Amigos também erram! Amigos também decepcionam...
Jesus teve um grande amigo que o negou no dia mais difícil de sua vida. Seu nome era Pedro, o mais impulsivo de todos os seus discípulos. Mas mesmo sabendo de suas falhas, de seu temperamento difícil, Jesus o escolheu para ser seu amigo. Caminhou com ele, compartilhou sonhos e no momento mais traumático de sua vida, este amigo o abandonou. Ainda assim, Jesus não deixou de amá-lo, ao contrário, o perdoou e entregou em suas mãos a grande responsabilidade de dar prosseguimento ao maior projeto de sua vida, o estabelecimento da Igreja Primitiva, aquela que daria origem à estrutura mais sólida da humanidade, a Igreja Apostólica, que teria a missão de proclamar o evangelho à toda criatura. O amigo de Jesus então se arrependeu de seu erro e cumpriu cabalmente a sua missão, demostrou com a sua própria vida a sua fidelidade ao seu grande amigo. Mostrou que apesar de suas falhas, de seus deslizes, era um amigo fiel.
Creio que o grande problema na construção de grandes relacionamentos é que esperamos muito das pessoas. Como analisou Carl Ransom Rogers, grande psicopedagogo norte-americano, em uma de suas teorias no processo psicoterapêutico, precisamos aprender a nutrir pelas pessoas uma consideração positiva incondicional, isto é, precisamos aceitar as pessoas como elas são e expressar um afeto positivo por elas, simplesmente porque elas existem, não sendo necessário que façam ou sejam isto ou aquilo. Observamos que Jesus tinha este sentimento pelos seus discípulos e aquele que deseja ter amigos e andar em harmônia com o seu irmão, precisa adotar este tipo de consideração positiva pelo seu próximo. Entendo, inclusive, que este sentimento envolve o novo mandamento que Jesus nos deixou "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (João 13:34).
Que possamos, portanto, não abrir mão de nossos amigos. Que haja em nós este amor incondicional.

Pra. Ioná Loureiro

sexta-feira, 23 de março de 2012

A UNÇÃO QUE NOS ENSINA



Quando fiquei grávida de meu filho Filipe,  fiz questão de ler muitas e muitas revistas sobre bebês. Li diversos artigos e cheguei a achar que eu sabia de tudo sobre bebê. Me sentia a verdadeira "expert" em maternidade, uma verdadeira especialista. Ou seja, nada me surpreenderia. Estava pronta para o que desse e viesse. Na minha mente, qualquer situação que surgisse seria tirada de letra, pois tinha em meu HD grande quantidade de informações sobre como cuidar de um bebê.

Ocorre, entretanto, que o inesperado sempre nos surpreende. Logo ao nascer, meu filho foi parar numa UTI NEO NATAL e aquela situação não estava nos livros, nos artigos e manuais que tinha lido. Eu não tinha lido sobre o que fazer quando você recebe alta e seu filho tem de ficar num ambiente frio, sendo cuidado por pessoas que você não conhece, com fios de monitoração, sem poder receber direito o aconchego de seu colo e o leite materno.  Eu não tinha lido sobre o dia mal. Fui pega de surpresa, por algo que eu não esperava. Naquele momento, éramos Deus, eu, minha família, a igreja e a minha fé. Além disso, outras situações foram surgindo e pude perceber, que nem tudo estava escrito. Embora todo o conhecimento adquirido com a leitura dos textos sobre bebês tenha me ajudado bastante, confesso que na hora "H", o que nos guia, na verdade, é o instituto materno, aquele sentimento, intuição que Deus coloca dentro de nós, mães.

Lembrando deste fato, trago em minha mente as palavras descritas em I João 2:27 "Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou".

Constantemente, somos surpreendidos pelo novo. Situações se deparam diante de nós, situações estas que, muitas vezes, nos deixam sem ação, sem saber ao certo que direção seguir ou que decisão tomar. E embora tenhamos cultura, o forte hábito de leitura, ou até mesmo diplomas e grande conhecimento literário, inclusive, conhecimento da Palavra de Deus, vemos que a unção que recebemos do Senhor é o norte, a mola mestra, o grande diferencial em nossas vidas, pois a unção nos ensina, nos guia, nos orienta.

Por este motivo, não há porque nos desesperarmos, ficarmos aflitos diante do novo, diante de algo que nos surpreende e nos atemoriza. Há esta unção maravilhosa em nós, unção esta que nos ensina a respeito de todas as coisas.

Precisamos, portanto, a cada dia, nos conscientizar desta verdade para que possamos nos manter firmes, em todo o momento, inclusive, no dia mal. 

Pra. Ioná Loureiro.


quarta-feira, 21 de março de 2012

CRISE DE IDENTIDADE



Um dia desses eu e meu alunos da Escola de Profetas estávamos estudando os atributos da natureza de Deus. E uma das declarações que estávamos comentando era justamente a declaração que Deus faz a Moisés quando ele lhe pergunta o que dizer a Faraó quando chegasse no Egito, quando lhe perguntasse qual era o seu nome. Deus então o orienta a dizer a Faraó o seguinte, diga que "EU SOU O QUE SOU me enviou a vós" (Êxodo 3:14). O Senhor então usa uma descrição plena de sua soberania e de seu poder "EU SOU O QUE SOU". Ou seja, Ele estava querendo dizer que não precisava dar satisfações à ninguém a respeito de quem Ele é, pois Ele simplesmente é o que é ("O GRANDE EU SOU"). Muita linda e firme a declaração de Deus aqui expressa. Ele sabe quem Ele é e pronto. O Alfa e o Ômega não precisa se justificar para ninguém. Mas, e quanto nós? Sabemos quem somos?
 
Vejo muitos carregam dentro de si uma crise de identidade, não sabem que são, pois não possuem uma boa imagem de si mesmo, se preocupam com o que pensam a seu respeito e se tornam inseguros em meio aos seus grandes desafios. Falta em tais pessoas o reconhecimento de sua identidade de filhos de Deus. Esquecem que carregam dentro si o DNA do grande EU SOU. E por não terem esta consciência, se abatem e se intimidam diante dos inimigos. Na verdade, o ser dessas , muitas vezes, está descaracterizado e se enxergam como gafanhotos "E éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos" (Números 13:33).
 
Todavia, quando sabemos e reconhecemos quem somos, somos seguros e não nos intimidamos. Não somos molestados por nada e nem ninguém, pois temos consciência de quem somos. O Apóstolo Paulo carregava dentro de si este sentimento "Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus" (Gal. 6:17). Em outras palavras, ele estava dizendo: Eu sei quem eu sou em Deus!
 
Por sua vez, Satanás tenta a todo instante nos achatar, usando pessoas e situações à nossa volta para que nos sintamos menosprezados. Precisamos, a este respeito, seguir o exemplo de Jesus, que foi até mesmo chamado de Belzebu. Os farizeus, inclusive, viviam em seu encalço, levantando críticas a seu respeito mas Ele, em nenhum momento, se intimidou, especialmente porque conhecia muito bem a sua identidade de Deus, de Rei dos Reis e de Senhor dos Senhores. Ela sabia que era O GRANDE EU SOU "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou" (João 8:58).
 
Diante destas reflexões, meu anseio é que não haja em nós qualquer crise de identidade. Que haja em nós de forma bem clara e definida a certeza de quem somos diante do nosso Deus. Somos filhos de Deus, carregamos em nós o DNA do nosso Deus, a sua essência, traços firmes de sua identidade e de seu caráter. E ainda que sejamos de origem humilde, ainda que tenhamos tido um passado difícil, ou que estejamos enfrentando qualquer outra situação dolorosa, em Jesus, somos novas criaturas e por este motivo, somos mais do que vencedores. Basta, para tanto, que assussamos este postura diante de Deus e diante dos homens, não permitindo que sentimentos de inferioridade nos fragilizem e nos afastem de nossa real identidade.

Pra. Ioná Loureiro


sexta-feira, 9 de março de 2012

UM DIA DE HOMENAGENS






Ontem, o dia da mulher foi marcado por grandes homenagens. A major Pricilla de Oliveira, por exemplo, foi homenageada em Washington, nos EUA, como uma das 10 mulheres mais corajosas do mundo. Além do comandar Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio, a Pricilla passou por um drama de ser sequestrada, torturada, conseguiu escapar e ajudou a prender os criminosos. Participaram da homenagem a Primeira-dama Michelle Obama e Hillary Clinton, Secretária do Estado. Foi uma linda homenagem!
 
Mas a grande e inesquecível homenagem foi a homenagem feita pela Pra. Suami, a todas as pastoras, no Culto de Mulheres ministrado ontem na Sede Estadual. Sinceramente, foi algo marcante, que vai ficar eternamente na memória. Com louvores, uma linda ministração e palavras que tocaram fundo no espírito e na alma, nós, mulheres, fomos todas homenageadas. Eu nunca tinha experimentado um momento assim, de tanta honra.
 
Eu não posso descrever a sensação que a Pricilla experimentou ao lado da Primeira-dama, ao ser homenageada como uma das mulheres mais corajosas do mundo, mas posso afirmar que o que experimentamos foi algo inesquecível ao ouvir a Pastora dizer publicamente que nós somos mulheres de fé, aquelas que dão a cara para bater, aquelas que se dispõem a exercer o chamado, a cuidar das vidas. 
 
Eu, particularmente, havia tido uma semana daquelas, investidas do inferno por todas os lados, mas aquele culto, aquela homenagem veio como um bálsamo revigorando todas as minhas forças e todas as minha motivações. Vi Deus tocando cada uma de nós de forma personalíssima.
 
Louvo a Deus pela Igreja, pelo Espírito Santo que motivou a Pra. Suami a ter este sentimento, pela comunhão dos santos que faz com que a benção do Senhor seja ordenada sobre as nossas vidas. 

Pra. Ioná Loureiro