sábado, 2 de novembro de 2013

AMAR A VERDADE...




Vivemos em um mundo onde as pessoas se acostumaram com a mentira e a falsidade. Talvez seja porque o mundo jaz o maligno e ele é o pai da mentira. Ou seja, ele acaba manipulando as pessoas para que vivam na mentira. E diante deste contexto, torna-se difícil encontrar pessoas que sejam verdadeiras e quando somos verdadeiros, muitas vezes, somos mal interpretados e não compreendidos.

Alguns, por sua vez, afirmam que não são verdadeiros porque são forçados pelas circunstâncias. Ou então, se falarem a verdade, poderão sofrer algum tipo de represália ou algo parecido. Outros alegam, inclusive, que é só uma mentirinha ou então afirmam que todo mundo no fundo mente e que isto não faz mal a ninguém.

Mas, qual será a visão do Senhor a este respeito? Eu poderia usar diversas citações bíblicas para falar sobre a importância de dizermos a verdade, de sermos verdadeiros. Há inúmeros textos e fundamentos na Palavra. De todos os textos que conheço, quero citar um texto que se encontra em Zacarias 8:16-19. Vejamos.

“Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas.E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio diz o Senhor.E a palavra do Senhor dos Exércitos veio a mim, dizendo:Assim diz o Senhor dos Exércitos: O jejum do quarto, e o jejum do quinto, e o jejum do sétimo, e o jejum do décimo mês será para a casa de Judá gozo, alegria, e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz”

O Senhor nos convida a amar a verdade, a falar a verdade e a executar a verdade. Vemos, no texto citado, que o Senhor simplesmente “odeia” a mentira. É algo tão sério que no último livro do Apocalipse, vemos a seguinte afirmação: “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira”. Fiz questão de grifar! (Apocalipse 22:15).
Vemos, portanto, que amar e viver na verdade deve ser algo tido prioridade em nossas vidas. Enfim, deve ser um estilo de vida. Como servos e amigos de Deus, não podemos viver na mentira. Ainda que sejamos rejeitados, ainda que venhamos que pagar um preço por isto, precisamos ser verdadeiros.

Não podemos nos esquecer que a verdade sempre irá nos justificar, como o Apóstolo Paulo afirmou em sua carta aos Efésios “Estais, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade..” (Efésios 6:14). Precisamos, portanto, nos revestir da verdade, pois ela é uma arma que nos protege e nos livra do mal. Um soldado romano usava de 1 a 3 cinturões para prender a espada e para proteger a região abdominal. Vemos que Paulo usou esta expressão para deixar bem claro a importância da verdade no nosso revestimento espiritual.

Que possamos, portanto, amar a verdade em todo o tempo, não nos conformando com a mentira e a falsidade que existe no mundo em que vivemos. Vamos amar a verdade!


Pra. Ioná Loureiro

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Precisamos mesmo de tantos calmantes?



Recentemente foi publicada uma matéria em uma revista da grande circulação nacional sobre o uso indevido do Rivotril, um calmante de tarja de uso amplamente difundido em nosso país.
Segundo a matéria, o Rio de Janeiro é campeão no uso deste calmante, comumente indicado em casos de síndrome do pânico e depressão. Segundo os psiquiatras, o medicamento deve apenas ser usado em casos específicos e por um período não muito longo. Ocorre, entretanto, que as pessoas estão usando o Rivotril indiscriminadamente para aliviar a tensão do dia-a-dia, para esquecer os problemas, para ter uma boa noite de sono, como quem toma um remedinho para dor de cabeça.

Todavia, aqueles que estão usando indevidamente este medicamente estão esquecendo que o mesmo causa forte dependência após um longo período de uso, além de afetar o funcionamento normal dos neurotransmissores. Algumas pessoas, inclusive, tiveram que ser internadas para vencer a dependência, passando por uma espécie de desintoxicação.

Pelo que eu percebi da matéria e dos relatos apontados, as pessoas não estão sabendo lidar com as suas emoções e diante desta realidade, estão apelando para calmantes desta natureza. Ou seja, diante dos problemas, das lutas do dia-a-dia, dos desafios, das pressões, apelam para o que pode rapidamente aliviar o desconforto mental, pois o remédio age imediatamente no sistema nervoso central trazendo uma sensação de bem estar, por isso, é conhecido como “a pílula da felicidade”. Assim, em vez de buscarem o equilíbrio de suas emoções através do Espírito Santo, através de um relacionamento com Deus, estão partindo para um alívio imediato, superficial e prejudicial à saúde. Percebemos, portanto, que as pessoas andam por demais ansiosas. Jesus, conhecendo esta aflição humana, fez um discurso maravilhoso sobre a importância de não andarmos ansiosos.

“Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos?

Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?

Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? {Pois a todas estas coisas os gentios procuram.} Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mateus 6:25-34)

Embora não sendo psicóloga ou psiquiatra, posso afirmar que é possível manter o equilíbrio emocional sem tomar tais medicamentos e isto através de um exercício de fé e de confiança no Senhor.  Faço esta afirmação com propriedade porque vivi um período em minha vida em que perdi o controle das minhas emoções. As pressões eram tantas que fui atacada por doenças decorrentes de transtornos da ansiedade. Cheguei a sentar em divãs de psicólogos e psiquiatras, chegando, inclusive, a tomar calmantes como lexotan, frontal, etc. Experimentei estes medicamentos alguns dias só que decidi buscar o divã do Altíssimo e descobri que a cura estava em Jesus Cristo, pois Ele está sempre pronto a nos guiar aos pastos verdejantes e às águas tranquilas de descanso.

Foi um momento de grande conflito interior, mas refletindo na Palavra de Deus e com a ajuda das minhas autoridades espirituais, pude adquirir forças e fé para vencer este mal. Deste modo, orando, estando na Casa do Senhor, acabei aprendendo a controlar as minhas emoções e fui livre daquele mal estar constante que me perseguia diariamente.

Hoje, ainda que o mundo pode estar desabando sobre mim, não perco o controle das minhas emoções e já não me aflijo tanto. Aprendi a descansar em Deus. Aprendi a clamar pelo socorro do Senhor “Elevo os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra” (Salmo 121:1-2) Aprendi a viver cada dia, pois o amanhã sempre cuidará de si mesmo. Aprendi o caminho da gratidão, aprendi a apreciar as coisas boas da vida. Aprendi que aquilo que eu não consigo resolver, o Senhor resolverá por mim. Aprendi que nem sempre as coisas acontecerão do jeito que planejei. Aprendi a não sofrer por antecipação. Aprendi, inclusive, a separar um tempo para descansar e por as idéias em ordem, como fez Jesus com os seus discípulos após uma longa jornada ministerial.

“E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado. E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. E foram sós num barco para um lugar deserto” (Marcos 6:30-32)

Por fim, aprendi a confiar em Deus.

Meu conselho, diante do que vivi e do que tenho visto, é que possamos sempre buscar o equilíbrio de nossas emoções através da Palavra de Deus e da cobertura da Igreja. A tempestade, por mais forte que seja, sempre vai se acalmar. Além disso, precisamos separar um tempo para descansar, nem que seja um dia na semana. Somos humanos e não máquinas. Muitas vezes extrapolamos os limites do nosso próprio corpo e da nossa mente e isto acaba gerando uma espécie de sobrecarga nas nossas emoções. Foi o que aconteceu comigo, pois me envolvi com muitas atividades, colocando sobre os meus ombros uma carga de responsabilidades que não conseguia dar conta, o que veio a causar um bloqueio nas minhas emoções.

E por fim, aconselho que tenhamos um coração como o do rei Davi, que viveu muitos dissabores mas mantinha a sua alma apegada ao Senhor em todo o tempo e tinha o hábito de colocar diante dele todas as suas queixas, todas as suas crises, enfim, tudo o que lhe afligia.

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face. Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte” (Salmo 42:5-6)

Que possamos, portanto, estar livres do uso de medicamentos como Rivotril, que o nosso refúgio seja o Senhor nosso Deus. Que habite em nós a paz que Jesus nos prometeu!  

Deixo bem claro que meu objetivo com este texto não é recriminar aqueles que utilizam calmantes, pois são eficazes e necessários em dadas situações e quando usados sob recomendação médica. E muito menos quero que aqueles que os utilizam interrompam o seu uso sem orientação médica. Quero apenas mostrar que existe um caminho diferente para nos livrarmos dos problemas emocionais que tanto têm assolado a humanidade.


Pra. Ioná Loureiro

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ele se importa...

Caravaggio


É impressionante, ao analisarmos a vida de Jesus e suas atitudes, o quanto ele se importa conosco. Seu amor é tão grande que por vezes nos constrange. A este respeito, estive refletindo sobre a incredulidade de Tomé. Lendo o relato de João 20, muito me impressiona a paciência, o amor e a atenção que Jesus deu a um homem incrédulo como Tomé, que veio a tornar-se para o mundo em geral o sinônimo da incredulidade e da descrença.

Todos estavam reunidos e Jesus aparece diante dos discípulos. Mas, onde estava Tomé!? “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio JesusTodos os presentes viram a Jesus e se alegraram. Quando se encontraram com Tomé, os demais discípulos relatam a ele a experiência que tiveram ao verem Jesus. Ele está vivo! Ele está vivo! Mergulhado em sua incredulidade, Tomé se recusa a crer na ressurreição do Salvador e faz a seguinte afirmação: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei” (João 20:25)". Na verdade, Tomé foi o único que exigiu provas materiais da ressurreição de Jesus.

Enfim, Tomé dúvida e questiona a ressurreição de Jesus. E oito dias depois, Jesus novamente aparece aos discípulos. Desta vez, Tomé estava presente. Jesus poderia muito bem ignorar a Tomé, lançando em seu rosto a sua incredulidade. Poderia ter lhe dado aquela bronca, poderia tê-lo humilhado diante de todos. Jesus poderia marcá-lo com X e ter dito: “Não quero conversa com este incrédulo!", como muitos de nós fazemos quando alguém nos decepciona. Mas Jesus, voltando-se para Tomé, diz com extremo amor: " Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente " (João 20:27) Tomé, meio que tonto, anestesiado, envergonhado, constrangido, faz a seguinte declaração: "Senhor meu, e Deus meu!". Ele então reconhece que o Senhor Jesus era mais do que um simples homem: era Deus. Francamente, o Senhor precisava provar alguma coisa a alguém?! Obviamente que não!

Penso que é necessário que haja em nós este mesmo sentimento, esta paciência, este amor. Jesus não desprezou os questionamentos de Tomé, assim como não desprezou a Pedro, que o negou. Jesus conhecia o coração de Tomé, sabia da sua sede em conhecê-lo.

Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:15,16).

Tomé, na verdade, era um investigador sincero e, além disso, era um homem cheio de coragem. Vejamos uma de suas declarações quando os demais discípulos demonstraram medo de serem apedrejados ao retornarem para a Judéia com Jesus, quando da ressurreição de Lázaro.  “Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: vamos também nós para morrermos com Ele” (João 11:16). Além disso, convém salientar que enquanto os discípulos estavam trancados, com medo, Tomé não estava entre eles, deixando transparecer a sua coragem e ousadia.

"Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco...Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus" (João 20:19,24)

Na verdade, Tomé ao longo de sua caminhada como discípulo de Jesus foi construindo uma história e num momento de fraqueza, o Mestre o amou e se importou com ele.

Toda vez que leio este texto me emociono, pois em meu coração surge a certeza de que Jesus jamais me abandonará. Ele se importa comigo! Ele entende, até mesmo, a nossa incredulidade! Ele não me exclui! Ele é amor!

É realmente maravilhoso saber que Jesus se importa conosco e compreende os nossos momentos, as nossas crises. Ele conhece o nosso coração e sempre buscará se revelar a cada um de nós, resgatando e restaurando a nossa fé, revelando a sua grandeza, o seu poder de ressurreição. 

Pra. Ioná Loureiro

Obs. Após a ressurreição de Jesus, Tomé evangelizou a Pátria e, pela tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado à Pérsia e Índia. Consta que foi martirizado e morto pelo rei de Milapura, na cidade indiana Madras.



Pra. Ioná Loureiro

terça-feira, 9 de abril de 2013

"TREINO DIFÍCIL, COMBATE FÁCIL"



Hoje fiz uma prova daquelas, bem difícil, toda baseada em questões de Concursos. No Facebook mandei um recadinho para o meu professor, dizendo: Que prova difícil, hein?! Ele então me responde, objetivamente: "TREINO DIFÍCIL, COMBATE FÁCIL".

Assim, fiquei refletindo sobre o que ele me disse e, como sempre, não pude deixar de cristianizar a frase compartilhada pelo professor. Aliás, uma advogada que conheci certa vez sempre ralhava comigo, dizendo: - Ioná! Para com essa mania de ficar cristianizar tudo?! Mas não nem como não agir assim, se para mim, o viver é Cristo.

Mas... continuando a minha cristianização. Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas que precisamos ter bom ânimo (João 16:33). Ou seja, sempre haverão treinos difíceis para que o combate que nos espera logo a frente seja fácil. As lutas que enfrentamos, na verdade, são permitidas por Deus para que possamos amadurecer e enfrentar os desafios que surgirão no futuro com mais maturidade, com mais preparo, com mais equilíbrio e finalmente sairmos vencedores.

Interessante que neste treinamento da vida, não dá para colar. É nós mesmos...O que vale é a nossa experiência com Deus e o conhecimento da Palavra que vamos adquirindo ao longo tempo.

Que sejamos treinados, para que o combate seja fácil. Tenhamos bom ânimo, tenhamos fé, tenhamos esperança.

Pra. Ioná Loureiro

terça-feira, 2 de abril de 2013

NATÃ, UM HOMEM DE CORAGEM



Todos lembramos muito bem do rei Davi, o homem segundo o coração de Deus. Todas as atenções são voltadas para ele, mas não podemos nos esquecer de algumas pessoas que fizeram parte de sua vida e que foram grandes instrumentos nas mãos de Deus para que os propósitos do Senhor se cumprissem em sua vida.

A este respeito, desejo abordar a vida de um homem que exerceu um papel fundamental na vida de Davi. O Profeta Natã.

Como todos sabemos, em dado momento de sua vida, o rei Davi se atolou no pecado. Adulterou e como se não bastasse, mandou assassinar o marido desta mulher, um homem inocente, articulando a sua morte em um das batalhas travadas por seu exército.  Davi se deixou embriagar pelo pecado. Como disse o autor da carta aos Hebreus, o pecado tenazmente nos assedia (Heb. 12:01) e Davi não resistiu, se rendeu ao pecado de forma absurda.

Foi preciso então que um homem de coragem confrontasse o grande rei de Israel. Assim, obedecendo a voz de Deus (“E o Senhor enviou Natã a Davi”, II Sam. 12:1), o Profeta Natã apresentou com muita sabedoria uma ilustração ao rei, despertando o seu senso de justiça e conscientizando-o do seu erro, de seu pecado “Tu és este homem!”(II Sam. 12:7). Davi então recupera a sua boa consciência, busca o caminho do arrependimento e restabelece a sua comunhão com Deus. “Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor” (II Sam. 12:13)

Fico imaginando a coragem deste homem que conseguiu despertar a consciência do rei de Israel. Como rei, Davi poderei mandar matá-lo como muitos reis faziam ao serem contrariados. Mas Natã não teve medo, o seu chamado estava acima de seus sentimentos, acima qualquer privilégio. O rei precisava acordar! O rei precisava ser salvo! O rei precisava ser perdoado!

“Irmãos, se algum dentre nós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5:19,20)

Por fim, vale salientar que depois nasce Salomão, o sucessor ao trono de Israel. Davi confia a Natã a responsabilidade de educar seu filho, o herdeiro ao trono, que o chamou de  “Jedidias”, que quer dizer “por amor ao Senhor” (II Samuel 12:25). O homem que repreendera o rei se torna seu amigo, um homem de confiança.

“Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará” (Prov. 9:8)

Penso que existem muitos Natãs que precisam cumprir o seu chamado. Não para acusar, para julgar, mas para trazer de volta à verdade corações que se desviaram dos propósitos de Deus. Penso também que é preciso que todos tenhamos um coração como o de Davi, tendo a humildade de ouvir uma repreensão sincera para que possamos voltar para o centro da vontade Deus e cumprir o nosso chamado.

Pra. Ioná Loureiro 

terça-feira, 26 de março de 2013

O AMOR É UMA ESCOLHA


O amor é uma escolha, ou seja, cabe a cada um de nós decidir amar. 

Existem muitas pessoas que pensam que o amor é um sentimento mágico, que aparece do nada em nosso coração. Alguns, inclusive, afirmam que o amor é cego. Dizem até que não escolhemos a quem amar. 

Na verdade, o amor é um escolha, especialmente porque quando Deus nos criou ele nos deu o livre arbítrio, a liberdade. Somos livres e temos o direito de fazer as nossas escolhas, escolhas estas que dizem respeito até mesmo aos nossos sentimentos. O amor tanto é um sentimento que o Senhor nos faz a seguinte ordenança "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Gálatas 5:14). 

Ou seja, é preciso amar. Cabe a nós amar! É preciso amar até mesmo aqueles que nos odeiam, nos perseguem, nos ignoram. O amor é, portanto, uma decisão. 

Caim escolheu odiar a seu irmão Abel. Ele poderia ter escolhido o amor, mas escolheu o ódio. "Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado faz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar" (Gênesis 4:7). Ódio que acabou com uma vida. 

Que possamos, portanto, refletir sobre as nossas escolhas.  Que sejamos livres para amar!

Pra. Ioná Loureiro





quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O SILÊNCIO QUE JUSTIFICA




“Como um surdo, não ouço, como um mudo, não abro a boca. Fiz-me como quem não ouve, e em cuja boca não há resposta. Senhor, em ti espero; tu me responderás, ó Senhor meu Deus!” (Salmo 38:14,15)

Interessante como nós, seremos humanos, temos a tendência a responder às afrontas que sofremos, especialmente quando nos sentimentos injustiçados. Queremos, de qualquer jeito, nos justificar diante dos homens.

A este respeito, estive nestes dias refletindo sobre este Salmo escrito pelo rei Davi. Salmo em que ele pede perdão ao Senhor e fala da aflição de ter sido alvo da afronta de seus inimigos. O homem segundo o coração de Deus faz então esta declaração: “Como um surdo, não ouço, como um mudo, não abro a boca. Fiz-me como quem não ouve, e em cuja boca não há resposta” (verso 14). Ele então se rende ao silêncio, o silêncio que justifica.

Sabemos que é difícil calar. Para alguns, é quase impossível. No meu caso, por exemplo, é muito difícil, pois estando já chegando ao fim do Curso de Direito, sou desafiada e treinada a sempre criar argumentos. No ambiente acadêmico, somos treinados a ser questionadores.

Só que no reino de Deus, a coisa funciona de forma diferente. É preciso sempre deixar que o grande Juiz de Toda Terra nos justifique. Muitas vezes é preciso se render ao silêncio, pois quando silenciamos estamos permitindo que o Senhor entre em ação e nos justifique. Todavia, quando nos levantamos para nos defender, geralmente damos espaço às nossas emoções que acabam nos complicando.

Vale salientar que ao enfrentar a cruz, Jesus não abriu a sua boca, mas se rendeu àquele que julga retamente. “Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro, foi levado para o matadouro; e, como uma ovelha diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca” (Isaías 53:7). Ele silenciou a sua alma por amor a cada um de nós e o seu silêncio demonstrou a sua soberania da responsabilidade de salvar toda a humanidade.

Quando nos calamos, na verdade, estamos demonstrando a nossa confiança em Deus. Estamos permitindo possa agir em nosso favor. Não foi isto que declarou o rei Davi? “Senhor, em ti espero; tu me responderás, ó Senhor meu Deus!” (Salmo 38:14,15)

Que possamos, então, sossegar a nossa alma. Que possamos desaprender o que temos aprendido no mundo, nos aquietando diante daquele é Deus sobre toda a terra.

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmo 46)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O amor do presente, passado e futuro



Renato Russo, em uma de suas canções, dizia "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", Eu penso, todavia, que é preciso amar as pessoas como se não houvesse passado, presente e futuro.

Deixa eu explicar.

Passado. É preciso amar as pessoas sem mágoas, ressentimentos.  Muitos não amam porque ficam remoendo o passado. Fulano fez isso comigo.... Presente. É preciso amar as pessoas entendendo o seu momento. Tem dias que a pessoa não está bem, tem dias que a pessoa erra, decepciona. Tem dias que a pessoa não está no seu momento. Futuro. É preciso amar as pessoas com amor eterno, sem aquele receio de que ela vai te decepcionar, falhar. É preciso amar sem reservas.

Quem não ama nesta dimensão acaba se tornado uma ilha, cercada de solidão.

"O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta" (I Cor. 13)