sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Amar até o fim...



"Ora, antes de Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim". João 13.1

Jesus foi até o fim! Quanto esteve entre nós assumindo a posição de Filho do Homem, não mudou seu ponto de vista em relação ao sentimento que havia em seu coração pela humanidade. Seu amor foi intenso e superou todos os obstáculos. A frieza daqueles que o perseguiam, daqueles que o humilharam e até mesmo as provações não permitiram que seu amor esfriasse. Ele definitavamente amou até o fim e até as últimas consequências. Foi firme em suas convicções!

Algo me surpreende quando reflito sobre os homens de nosso tempo. Quanta inscontância no amar! Às vezes penso que estamos desaprendendo a amar. Uma hora, amamos profundamente. Em outro momento, odiamos friamente.  Ninguém consegue mais amar até o fim. Basta uma luta, basta uma decepção e lá se vai amor. Seria o amor um estado de ânimo? Onde está aquele amor que é mais forte do que a morte?  Que amor é este que muda a todo instante?!

Há algo que tenho buscado em Deus e sempre buscarei. Peço que Ele me ensine a amar até o fim. Peço que Ele não permita que a frieza daqueles que estão à minha volta sufoquem ou enfraqueçam o amor que há em meu coração. Peço que Ele me ensine a ser fiel como Jesus foi. Peço que Ele me ensine a perdoar como Jesus perdoou. Peço que Ele me ensine a amar como Jesus amou. Que o Senhor me ensine a amar, exatamente como Ele nos amou. Pois é este amor que fará com que permaneçamos vivos diante da frieza que assola a humanidade.

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém, o maior destes é o amor" I Cor. 13:13

Ioná Loureiro

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O REFRIGÉRIO DE ELIAS



Um dia desses, estava extremamente cansada e esgotada. Estava naqueles dias em que atravessamos uma espécie de esgotamento múltiplo, que envolve a esfera física, emocional e espiritual. Dias em que os níveis de stress estão na lá no alto. Dias em que precisamos de forças para prosseguir. Enfim, estava assim, aperentemente sem forças.

Mas, em meio a todo este cansaço, abri a Bíblia e me deparei com as seguintes palavras de Jesus.

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" Mateus 11.8-10

Estas palavras de Jesus penetraram tão forte dentro de mim, que naquele exato momento, ali mesmo no metrô, senti um refrigério muito grande. Uma paz, uma tranquilidade inexplicável. Senti meus ossos e meu interior serem renovados.  Encontrei o descanso que tanto precisava para minha alma.

Creio que foi assim que Elias se sentiu quando estava naquela caverna vivendo a sua crise existêncial. Esgotado espiritualmente e emocionalmente, precisava de um refrigério. A Palavra nos relata que o Senhor falou com Elias através de uma brisa suave "... e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave.Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?" (I Reis 19.2,3). A Palavra também nos relata que o Senhor providenciou para Elias o alimento que necessitava para prosseguir a sua caminhada "Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo" (I Reis 19.7).

Vivemos dias em que corremos de uma lado para o outro. O nosso chamado, assim como o de Elias, envolve grandes desafios e potenciais inimigos. Os tempos mudaram mas os desafios são os mesmos. Eles apenas se apresentam de outras formas, mas a essência é a mesma. Existem profetas de Baal a serem destruídos, existe um povo que precisa ter a consciência de que só há um Deus e existe sempre uma Jezabel a nos ameaçar. 

Mas é confortante saber que o Deus de Elias não mudou. Ele continua o mesmo! Ele está sempre pronto para nos alimentar em meio aos nossos desertos e a sua voz, em meio a sua brisa suave sempre nos conscientiza de que temos um chamado e que precisamos seguir a nossa caminhada. Ainda não completamos a nossa carreira!

Ioná Loureiro