sábado, 23 de novembro de 2019

7 chaves

Nesta semana estive refletindo sobre omissão de sentimentos.


Ou seja, muitas vezes carregamos dentro de nós sentimentos, situações que nos entristecem e ficamos calados. E ainda pior, achamos que as pessoas têm a obrigação de ler os nossos pensamentos. 


Ora, se algo se há algo que nos desagrada, nos fere, se há algo que não gostamos, precisamos expor o que sentimos. Precisamos aprender também a pedir ajuda quando precisamos. Precisamos sair do enclausuramento, abrindo a janela e as portas do nosso coração. 


O medo da exposição nos limita e nos enfraquece. Essa mania tosca de querer ser inabalável o tempo não faz bem para nós. Há sim uma fragilidade dentro de nós. E quando falamos, quando pedimos ajuda, somos libertos.


Por que será que Jesus escolheu 12 discípulos para caminhar com ele aqui na terra?! Por que será que num dos seus momentos mais difíceis fez questão de buscar uma companhia?! 


"e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo (Mateus 26:37,38)


Penso que é preciso parar com essa mania de querer mostrar para todos que está tudo bem o tempo todo. Durante muito tempo da minha vida eu achei que demonstrar minhas fraquezas era algo vergonhoso. Hoje entendo que há uma humanidade mim, algo que carregarei até que Deus complete a sua obra em minha vida. Enquanto isso, eu vou falhar, eu vou temer e vou precisar de uma mão estendida e de um ouvido atento. Vou precisar de ajuda! Se Ele, meu amado Jesus, precisou de ajuda?! Imagina eu?!


Hoje entendo que não vale a pena se trancafiar a 7 chaves. Não vale a pena! Bom mesmo é ser livre para dizer que não está nada bem ou que está tudo bom. Bom mesmo é ter a coragem de caminhar sem máscaras, com sentimentos em plena liberdade e ajustados, certos de que ainda que sejamos falhos e limitados, há um Deus que nos ama e nos compreende. 


A grande verdade é que somos muito bons em falar dos outros e muito ruins de falar de nós mesmos. Nos esquecemos que quanto mais nos examinarmos a nós mesmos, mais livres seremos. E muitas vezes, quem está de fora, consegue enxergar melhor o que não queremos ver ou aceitar. Por isso é tão importante buscar ajuda! 


Ioná Loureiro

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