sexta-feira, 21 de setembro de 2007

MENTE - CAMPO DE BATALHA



Campo de batalha


Quando pensamos em guerra espiritual, logo consideramos tudo o que está a nossa volta. Em nossa consciência, surge a idéia de que o nosso pior inimigo são as lutas externas, as pressões, as perseguições, enfim, os levantes do inimigo sobre a nossa vida. Ou seja, sempre consideramos os outros e as situações que nos cercam como nossos piores opositores. Olhamos ao nosso redor e vemos inimigos por todos os lados.
Precisamos entender, no entanto, que a pior batalha é aquela que é travada em nossa mente, batalha esta travada no campo das emoções e dos sentimentos. Na verdade, a nossa mente pode ser considerada como um verdadeiro campo de batalha, pois é na mente que tudo começa. É na mente que surgem as grandes vitórias e as grandes derrotas. Jesus nos alertou sobre este fato “Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos” (Mt. 15:19). Percebemos, deste modo, que as grandes batalhas que travamos em nosso dia a dia são travadas em nossa mente. Diariamente travamos uma guerra com sentimentos que desconhecemos e que muitas vezes tentam nos enredar, pois é comum sermos surpreendidos com pensamentos totalmente contrários à nossa fé e à Palavra de Deus.
O que faremos então para vencer essa guerra? Em sua Palavra, o Senhor partilha conosco alguns segredos, que descreverei a seguir:

Nutrir bons sentimentos - “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4:08). Paulo, o apóstolo, falou aos Filipenses que era preciso ter bons pensamentos. Neste sentido, é preciso que sempre estejamos avaliando se os nossos pensamentos fogem deste contexto para que não sejamos roubados. Se algo que pensamos não se enquadra neste perfil, estamos em situação de perigo e é hora de clamarmos ao Senhor pedindo que purifique os nossos pensamentos.
Manter os pensamentos cativos à obediência a Cristo – “...derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (II Cor. 10:05). Paulo também aconselhou aos irmãos de Corinto a manterem os seus pensamentos em plena obediência a Jesus Cristo. A Igreja de Corinto tinha sérios problemas com a disciplina em termos de pensamentos e atitudes. Paulo, conhecendo esta situação, deixou bem claro que era preciso manter os pensamentos em obediência a Cristo. Ou seja, o nosso pensar precisa obedecer aos ensinamentos que Jesus nos deixou, pois de vez em quando, a nossa mente quer nos levar a ter atitudes que não agradam ao Senhor. E neste momento, precisamos, em obediência a Cristo, rejeitar tais sentimentos.
Guardar os sentimentos do mal – “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Prov. 4:23). O Senhor nos aconselha a guardar o coração. O coração, neste caso, representa os nossos sentimentos. Quando guardamos algo, protegemos das coisas ruins. Enfim, zelamos e cuidamos como se tivéssemos cuidando de um tesouro. Precisamos, deste modo, cuidar de nossos sentimentos com extremo zelo e cuidado, não permitindo que pensamentos malignos e carnais possam invadir o nosso interior.

Como podemos perceber, a nossa mente é um campo de batalha e se seguirmos os conselhos acima, não seremos derrotados. Assim, ao invés de julgamos as pessoas e as situações a nossa volta, precisamos olhar para dentro de nós, para os nossos sentimentos, pedindo ao Senhor que nos ensine a lidar com eles de modo que não sejamos vencidos pelo mal.

Ioná Loureiro

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