terça-feira, 11 de setembro de 2007

CONJECTURAS SOBRE O CASAMENTO



CONJECTURAS SOBRE O CASAMENTO

Um dia desses estava meditando sobre o casamento, especialmente porque fiquei sabendo por meio de um amigo que a grande parte de alguns colegas que conviveram conosco numa determinada época haviam se divorciado. Os motivos eram vários, adultério, incompatibilidade de gênios, ambição profissional, enfim, foram diversas as razões que fizeram com que o “amor” acabasse e fizesse com que cada um fosse para o seu lado. E lá se vãos as promessas, as alianças feitas no altar.
O que será então que está acontecendo com o casamento? Será que uma instituição criada e planejada por Deus perdeu a sua essência? Já não é mais possível nos deparar com relacionamentos como o de Abraão e Sara, Isaque e Rebeca, Jacó e Raquel, Elcana e Ana, Rute e Boaz, Priscila e Áquila, entre outros. Será que todo o amor que estes casais viveram é algo lendário, fictício, meramente utópico? Será que não vale mais a pena lutar e investir no amor? Será que o casamento é uma instituição falida?
Sei que sou muito jovem para falar do assunto, pois apesar de casada, ainda nem se quer completei as bodas bronze, mas gostaria de afirmar que vale a pena investir no relacionamento a dois, vale a pena casar-se e constituir uma família. Embora a mídia e a sociedade tentem incutir em nossas mentes que o casamento já era, a grande verdade é que ele existe e é uma benção para aquele que realmente deseja vivê-lo. O que realmente tem faltado nos casamentos trata-se de uma questão abordada pelo Apóstolo Paulo: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus próprios interesses...tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Cor. 13:4,5 e 7). Na verdade, o que tem faltado nos casamentos é o amor. O amor que jamais acaba (I Cor. 13:8), que supera os obstáculos, as diferenças, os desafios de uma vida a dois. Amor que espera a tempestade se acalmar, amor que não age precipitadamente, amor que, acima de tudo, confia e aprende a amar como aquele que nos amou até o fim, a ponto de entregar o seu único filho para morrer por nós em uma maldita cruz.
O que você acabou de ler são apenas conjecturas, talvez não concorde comigo, talvez até mesmo pense que o amor não existe. Afinal de contas, aprendemos a pensar assim quando crianças e adolescentes. Recordo-me de uma canção que cantava em minha adolescência que assim dizia:

“Pra que ficar juntando os pedacinhos Do amor que se acabou? Nada vai colar Nada vai trazer de volta A beleza cristalina do começo E os remendos pegam mal Logo vão quebrar Afinal a gente sofre de teimoso Quando esquece do prazer Adeus também foi feito pra se dizer Bye-bye so long farewell Adeus também foi feito pra se dizer Bye-bye so long, farewell Adeus também foi feito pra se dizer”

Pedacinhos, canção escrita e interpretada por Guilherme Arantes

E era sempre assim que pensava. Se não der certo, “bye-bye so long, farewell”, ou seja, Até logo, adeus. Ou então, “que seja eterno enquanto dure este amor”. Todavia, após conhecer ao Senhor, substitui tais versos pelas seguintes verdades:

“Põe-me como selo sobre o teu coração,
como selo sobre o teu braço,
porque o amor é forte como a morte...
As muitas águas não poderiam apagar o amor,
Nem os rios, afogá-lo;
Ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor,
Será de todo desprezado”

(Eclesiastes 8:6 e 7)

Que possamos refletir sobre o casamento, não permitindo que falsas idéias sobre a união a dois invadam o nosso pensamento. Que possamos permitir que o Deus de amor nos ensine a amar e a viver o verdadeiro amor em toda a sua plenitude. Que possamos deixar de lado o que aprendemos no passado, o que temos visto e passemos a nos apegar ao que o Senhor nos diz acerca do casamento, instituição tão verdadeira que Ele fez questão de referir-se a sua igreja em vários momentos como a noiva à espera do noivo que em breve voltará. Tenhamos em mente que existem versos, canções e situações. Todavia, existem verdades que devem invadir o nosso coração e nos levar a crer que o amor de fato existe.

“Então, o reino dos céus será semelhante à dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo” (Mateus 25:01)



Ioná Loureiro

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