quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

NÃO PECAR: UMA ESCOLHA RACIONAL

NÃO PECAR: UMA ESCOLHA RACIONAL

Um dia desses estava fazendo uma releitura sobre a trajetória do rei Davi. E como sempre, fiquei muito sensibilizada ao ler o relato de seu pecado, de seu envolvimento com Batseba. Estive até meditando porque tal atitude foi detalhada com tanta exatidão, pois ao lermos este episódio, nos é contado com detalhes o seu envolvimento com uma mulher casada e os requintes de crueldade usados por Davi para assassinar a Urias, o marido de Batseba. E até difícil acreditar como o homem segundo o coração de Deus tenha agido dessa forma.
Na verdade, Deus fez questão de mostrar este triste episódio da vida de Davi para nos revelar que qualquer homem, por mais consciente, espiritual ou dedicado ao Senhor que seja, é passível de erros. Ou seja, é um alerta para todos nós. O pecado sempre baterá a nossa porta e por este motivo, precisamos a todo instante vigiar, guardando os nossos olhos e o nosso coração. Como sabemos, Davi sofreu sérias conseqüências em virtude de seu erro. A sua sinceridade e o seu arrependimento diante de Deus trouxeram-lhe o perdão. Todavia, o pecado trouxe-lhe conseqüências trágicas. Trouxe, por exemplo, a morte para a sua casa. Três de seus filhos foram mortos. O primeiro filho decorrente de sua relação com Batseba foi gravemente acometido por uma enfermidade e veio a falecer “E, passado o tempo do luto, mandou Davi recolhê-la a sua casa: e ela lhe foi por mulher, e lhe deu um filho. Mas isto que Davi fez desagradou ao Senhor...Então Natã foi para sua casa. Depois o Senhor feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi, de sorte que adoeceu gravemente” (II Samuel 11:17, 12:15). Mais tarde, Amnon e Absalão foram assassinados. Enfim, as conseqüências de seu erro foram refletidas em sua família e em seu reinado.
Neste sentido, é importante que pensemos um milhão de vezes antes de pecarmos, pois as suas conseqüências são desastrosas. Decidir não pecar além de ser uma questão espiritual é uma questão racional. Ou seja, se eu pecar vou pagar sério pelos meus erros. Ao me arrepender, serei perdoado, mas as conseqüências virão. Antes de errar preciso pensar em tudo a meu redor. Se Davi tivesse tido esta consciência, muitos males não teriam vindo sobre a sua vida. Não dá para brincar com o pecado. Diariamente, surgem diante de nós situações e convites para nos conduzir ao pecado. Em tais momentos, precisamos parar e refletir, olhando para o nosso Deus e para as conseqüências e com coragem, dizer não, ainda que tenhamos de fugir da situação, como fez o jovem José, ao ser instigado pela mulher de Potifar “Então ela, pegando-o pela capa, lhe disse: Deita-te comigo! Mas ele, deixando a capa na mão dela, fugiu, escapando para fora” (Gen. 39:12).
Que possamos, desta forma, ter uma visão clara e racional sobre o pecado. Não nos esqueçamos que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). O pecado não traz somente a morte eterna, mas a morte em todas as áreas de nossas vidas. Por este motivo, precisamos deixar de lado o pecado que tão de perto nos assedia, raciocinando em prol da nossa própria vida.

“Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta” (Hebreus 12:01)


Ioná Loureiro

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