"E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões
se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel! Mas os fariseus
murmuravam: Pelo maioral dos demônios é que expele os demônios"
(Mateus 9:33-34).
Cheguei
à conclusão de que a inveja é uma forte característica da religiosidade. Os
fariseus, que eram extremamente religiosos, tinham grande inveja de
Jesus. Eles o invejavam justamente porque não possuiam a autoridade
que Jesus tinha. Não tinham a palavra de autoridade que Jesus tinha e
jamais conseguiam realizar os milagres que Jesus fazia. Por esta razão,
eles faziam de tudo para denegrir e manchar a imagem de Jesus,
pois a inveja habitava profundamente em seus corações.
E
o que é inveja? Inveja é justamente desejar aquilo que é do outro. É
desgosto e ódio pela prosperidade e alegria de outrem. O
religioso é justamente assim. Ele não consegue se alegrar com a vitória do seu
próximo, fazendo exatamente o contrário do que nos recomenda a Palavra de Deus "alegrai-vos com os que se alegram..."
(Rom 12.15). Ou seja, sente tristeza e amargor quando se depara com o sucesso
de alguém. Vale salientar que o invejoso, geralmente, é aquela pessoa que não
consegue realizar, é incompetente, não tem nada. Ou seja, ele gasta tanto tempo
azarando a vitória alheia que não tem tempo para realizar as suas próprias
conquistas.
Quando
observamos os religiosos que perseguiam a Jesus, vemos neles estas
características. Ele se importavam mais em criticar a Jesus, em condenar as
suas atitudes, do que se alegrar por uma vida que era curada de sua
enfermidade. Eles queriam a qualquer custo destruir a Jesus, pois os
invejosos têm prazer em entregar, em matar aquele que realiza com
excelência ou que possui grandes virtudes . "Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes
Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado
Cristo? Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado" (Mateus
27:17,18).
O invejoso, na verdade, não entende que cada um
tem a sua porção. Seu coração é um coração malígno, pois foi
através da inveja que Satanás, o Príncipe deste mundo, perdeu a sua posição,
pois desejou ocupar o lugar de Deus. Foi a inveja, inclusive, que
originou a primeira cena de homicídio da humanidade, quando Cai
assassinou o seu irmão Abel, por invejar o sentimento que Deus tinha a
seu respeito.
Que o Senhor nos livre deste sentimento maldito,
que o Senhor nos livre desta religiosidade, que o Senhor nos livre da
inveja. E se, por um acaso, este sentimento tentar invadir o
nosso coração, que seja transformado em grande admiração, como a admiração tida
por João Batista em relação a Jesus, que com suas palavras conseguiu
expressar a sua admiração por aquele chegou impactando e atraindo a atenção de
todos, ocupando o lugar da voz que clamava no deserto
" Convém que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30)
Pra. Ioná Loureiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário