segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um Deus emocional

Creio absolutamente e incondicionalmente na vontade de Deus. Mas não creio que esta vontade seja uma vontade estática, imóvel.  Creio sim, numa vontade soberana que se movimenta de acordo com o que somos diante do Senhor. Creio numa vontade que se locomove através do nosso posicionamento.

Deus, sem dúvida alguma, tem planos e projetos traçados para cada um de nós. Enfim, ao olhar para nós, ele desenvolve planos para o nosso bem. Enfim, pensamentos de paz, conforme descritos pelo profeta Jeremias "Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança" (Jeremias 29:11). Ou seja, Deus tem planos traçados para nós, mas são as nossas atitudes que trazem a existência as suas promessas. Os planos de Deus podem mudar, pois são planos que se movimentam de acordo com a nossa disposição. Por este motivo, há tantas mudanças, tantas surpresas e o inesperado que sempre nos surpreende. Nada é definitivo e absoluto. A história se movimenta através de nossas atitudes.  Assim, a forma como reagimos diante das lutas que travamos escrevem as páginas da nossa existência. Há sempre algo determinado no céu a nosso respeito. Uma benção reservada para nós e dependendo de nossas atitudes, viveremos a vitória ou o fracasso "Vede que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: A bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu hoje vos ordeno; porém a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que eu hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que nunca conhecestes" (Deut. 11:26-28). Tudo depende de nossas ações. Podemos, portanto, afirmar que há em nós a capacidade de tocar e interferir em sua vontade, como fez o choro de Ezequias "Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas. Eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás ã casa do Senhor" (II Reis 20:5).  A grande verdade é que o Deus que servimos tem emoções, só que muitas vezes não atentamos para este fato e não temos a ousadia de tocar o seu coração com o nosso clamor e com as nossas atitudes. Por vezes, nos relacionamentos com um Deus estático e frio. Não enxergamos o Deus que sente, que chora, que ouve, que se dispõe, que estende a mão e que se emociona.

Em nosso coração deve haver um clamor, um desejo ardente - tocar o coração de Deus. Creio que é tempo de deixarmos as formalidades de lado e expormos o que há de mais profundo em nosso ser. Precisamos nos abrir para Deus sem reservas e sem limites, expondo o que sentimos, o que necessitamos. Precisamos mexer com os seus sentimentos, surpreendendo-o com as nossas lágrimas, palavras e ações. Precisamos fazer Deus voltar atrás, acrescentando-nos dias. Nós, definitivamente, precisamos tocar o coração de Deus. Precisamos invadir as suas emoções através de nossa obediência aos seus preceitos e através de nossa sinceridade.  

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