quarta-feira, 16 de junho de 2010

BRINCANDO DE CASINHA?

Quando eu era criança, gostava muito de brincar de casinha. Quem nunca se lembra das brincadeiras no quintal, as panelinhas, as bonequinhas todas sentadas aguardando a comidinha. Brincadeiras de infância, grandes recordações. Tempos que não voltam mais.



E quando crescemos, nos vemos diante de uma outra realidade. O mundo adulto se coloca diante de nós e somos obrigados a encarar a vida com outros olhos, enfim, com maturidade e sobriedade. Neste contexto, costumo pensar que a vida a dois não é como brincar de cazinha, como fazíamos quando pequenos. Quando decidimos estar junto de alguém, formando um só com corpo com ela, estabelecemos uma aliança que é para toda vida. Uma aliança que deve resistir ao tempo, às crises e às adversidades da vida. Notamos, entretanto, que há uma grande infantilidade rondando os casais de nosso tempo, pois agem como crianças que logo desistem da brincadeira quando se enjoam ou quando acham algo mais interessante para fazer. Não há seriedade, não há aliança, não há compromisso. Na primeira dificuldade, no primeiro atrito ou sempre quando aparece alguém mais interessante, vão-se embora as promessas firmadas no altar. Desistem de tudo, dos sonhos, como quem desiste de uma brincadeira simples de criança. Não entendem o que disse Jesus ao afirmar que no mundo passaríamos por aflições, mas que precisaríamos ter bom ânimo. E é inegável reconhecer que o mundo de uma vida a dois tem lá suas aflições, seus momentos difíceis, enfim, os seus percalços. E quando decidimos caminhar ao lado de alguém, precisamos ter a consciência de que não estamos numa brincadeira e muito menos vivendo no mundo do faz de conta. Os desafios e as dificuldades de uma vida a dois são reis, são obstáculos, adversidades que precisam ser vencidas.


É bom saber, acima de tudo, que os princípios de Deus são capazes de nos tornar fortes e conscientes a este respeito, pois em Jesus compreendemos que o verdadeiro amor jamais acaba. Ao contrário, se renova e se fortalece em meios aos vendavais que atravessamos. Quero deixar claro que sempre ocorrerão suas exceções, ou seja, existem casais que se separam por motivos que só eles sabem explicar e não convém a nós o julgamento. Entretanto, precisamos ter em mente que o propósito de Deus é que o casamento seja uma aliança para toda vida, algo levado muito a sério, algo que não pode ser banalizado e levado como uma brincadeira, enfim, coisa de gente grande e consciente.

Ioná Loureiro

Um comentário:

Chavão disse...

Eu acho que é válido viver junto enquanto houver amor, depois de muitos atritos o amor começa a ruir e o que sobra é aturar o companheiro ou companheira, tentando resgatar aquele amor que existia quando eram ainda namorados e vida era bela. Buscar novas companhias é só um passo em busca dessa felicidade plena que há enquanto o casal está em início de vida. Bem, na minha opinião é mais válido abrir o jogo e buscar coisas novas do que trair a pessoa com quem vive. Dizer que o casal é perfeito e feliz e nenhum trai o outro é querer fantasiar, claro há pessoas que não gostam de mentiras e realmente não traem, mas 99% dos homens aproveitam desses atritos na relação para buscar coisas mais interessantes e continuam com aquele clima chato em casa. Eu mesmo conheço uma porção de gente da igreja que continuam casados mas um trai o outro, ou só um trai... Isso não é vida, viver junto porque prometeu a "Deus", sofrendo com um relacionamento que já não é mais o que se esperava quando foi feito os votos do casamento, não dá certo.